FBI irá entrevistar Senador Mark Kelly e outros democratas após vídeo polêmico

CNBC

Investigação surge após acusação de Trump sobre comportamento sedicioso de legisladores

Investigação do FBI envolve Senador Mark Kelly e outros democratas por vídeo sobre desobediência a ordens ilegais.

FBI investiga Senador Mark Kelly por vídeo controverso

O FBI planeja entrevistar o Senador Mark Kelly, do Arizona, e cinco outros democratas em relação ao seu papel em um vídeo que encoraja os membros das forças armadas a não seguir ordens ilegais. A investigação surge em um clima de tensão, especialmente após comentários do ex-presidente Donald Trump, que acusou os legisladores de comportamento sedicioso.

Kelly e os demais democratas apareceram em um vídeo, divulgado no dia 18 de novembro, que foi interpretado como um apelo à desobediência civil dentro do exército. Trump criticou duramente a ação, afirmando que, “nos velhos tempos, isso era punível com a morte”. A aparição do vídeo provocou uma resposta rápida do Departamento de Defesa, que anunciou uma investigação sobre as alegações de má conduta.

Resposta do Secretário de Defesa

O Secretário de Defesa, Pete Hegseth, não hesitou em criticar Kelly por exibir suas medalhas da Marinha dos EUA em um tweet em resposta ao anúncio do Pentágono sobre a investigação. Hegseth, um ex-oficial da Guarda Nacional do Exército, disparou: “Seu vídeo de sedição intencionalmente minou a boa ordem e disciplina… suas medalhas estão fora de ordem e as fileiras estão invertidas”.

O ataque de Hegseth reflete a gravidade das acusações enfrentadas por Kelly, que pode ser chamado de volta ao serviço ativo e enfrentar um possível tribunal militar. A investigação está centrada na violação do Código Uniforme de Justiça Militar, que exige que os membros do serviço obedeçam a ordens legais.

O que dizem os democratas

Em resposta à crescente pressão, Kelly declarou que a investigação do Pentágono não funcionará se o objetivo for intimidá-lo e a outros membros do Congresso de exercer suas funções. Ele reafirmou seu compromisso com a Constituição e a lei, afirmando: “Nossas leis são claras: você pode recusar ordens ilegais”. A mensagem de Kelly ecoa um sentimento crescente entre os democratas que se opõem à retórica agressiva de Trump.

O vídeo, que foi amplamente compartilhado, também contou com a participação de outros legisladores, como a senadora Elissa Slotkin, que fez um apelo direto às Forças Armadas e à Comunidade de Inteligência para que se posicionem em defesa das leis e da Constituição. O conteúdo da mensagem gerou um debate acalorado sobre a legalidade das ações militares recentes sem autorização do Congresso.

A controvérsia das operações militares

As operações militares realizadas pelo governo Trump, que incluem mais de 20 ataques aéreos em embarcações no Caribe e no Pacífico, levantaram questões sobre a legalidade e a necessidade de autorização legislativa. Em resposta a isso, um grupo de senadores democratas, incluindo Kelly e Slotkin, solicitou ao Secretário de Defesa e à Procuradora Geral que desclassificassem um parecer do Departamento de Justiça sobre a base legal para os ataques.

Em uma carta, os senadores argumentaram que “poucas decisões são mais consequentes para uma democracia do que o uso da força letal” e pediram a liberação pública do documento para garantir que o Congresso e o povo americano estejam totalmente informados sobre as justificativas legais para as ações militares.

A situação continua a se desenvolver, com o FBI avançando nas entrevistas e a pressão política aumentando sobre os envolvidos. As consequências desta investigação podem ter um impacto significativo sobre a dinâmica política nos Estados Unidos, especialmente em um período onde as divisões partidárias são profundas e intensas.

Fonte: www.cnbc.com

Fonte: CNBC

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