Governo brasileiro busca acelerar reversão do tarifaço de impostos sobre exportações

Gabriel Lemes

Secretária de Comércio Exterior destaca a urgência nas negociações com os Estados Unidos

Governo tem pressa em reverter tarifaço que ainda incide sobre produtos brasileiros nos EUA.

Governo brasileiro pressiona por mudanças nas tarifas sobre exportações

A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, mencionou nesta terça-feira (25) que o governo brasileiro tem pressa para reverter o tarifaço imposto pelos Estados Unidos, que ainda afeta mais de 20% das exportações brasileiras para o país. Essa afirmação foi feita após sua participação em um evento promovido pela Amcham, em São Paulo.

Durante a reunião, Prazeres ressaltou que o governo está empenhado em negociar a redução das alíquotas, especialmente após a recente eliminação da sobretaxa de 40% que incidia sobre mais de 200 produtos, incluindo carne bovina, frutas e café. “Ainda 22% das exportações brasileiras estão sujeitas ao tarifaço de 40% ou 40% mais 10%”, comentou ela em entrevista a jornalistas. “Nosso foco é atacar esses produtos que ainda enfrentam tarifas adicionais.”

Diálogo contínuo com o governo americano

Prazeres também informou que o diálogo com o governo dos Estados Unidos continua ativo, com múltiplas reuniões já realizadas. O objetivo é buscar um entendimento que possa beneficiar os exportadores brasileiros. “Temos interesse em resolver essa questão o quanto antes, temos pressa”, destacou.

O Brasil está disposto a discutir qualquer tema econômico nas negociações, incluindo a situação das grandes empresas de tecnologia. Prazeres enfatizou a necessidade de eliminar a discriminação enfrentada pelo Brasil nas tarifas, buscando superar as barreiras comerciais que ainda persistem.

Medidas de apoio aos exportadores

Outro ponto abordado pela secretária foi a importância da aprovação da medida provisória do programa Brasil Soberano, que visa apoiar os exportadores afetados pelo tarifaço. Além disso, ela mencionou um projeto que prevê a devolução de 3% a 6% dos resíduos tributários para as empresas que exportam para os Estados Unidos, dependendo do porte das mesmas.

“A aprovação dessas duas peças é muito importante para mitigar, em parte, os efeitos do tarifaço”, afirmou Prazeres. Esta medida é vista como um passo crucial para ajudar os exportadores a enfrentarem os desafios impostos pelas tarifas altas.

Contexto político e econômico

Na segunda-feira (24), o vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou sobre o assunto, sugerindo que o governo pode preparar uma nova medida provisória com as mesmas regras do Brasil Soberano, caso a MP atualmente em tramitação no Congresso perca a vigência em 11 de dezembro. Essa possibilidade destaca a urgência do governo em garantir que as medidas de apoio aos exportadores sejam implementadas rapidamente para minimizar os impactos do tarifaço.

Com as negociações em andamento, o governo brasileiro busca não apenas a reversão do tarifaço, mas também um fortalecimento das relações comerciais com os Estados Unidos, com o intuito de criar um ambiente mais favorável para as exportações brasileiras.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Gabriel Lemes

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: