Deputado aliado de Maduro denuncia a suposta participação de Israel em ações contra o governo venezuelano
Deputado Gilberto Giménez acusa Israel de apoiar os EUA na ofensiva contra a Venezuela, sem apresentar provas.
O deputado Gilberto Giménez, do Movimento Eleitoral Popular (MEP), acusou Israel de desempenhar um papel fundamental na ofensiva dos Estados Unidos contra a Venezuela. A declaração foi feita nesta terça-feira, 25 de novembro de 2025, e reflete a crescente tensão entre os dois países.
Giménez, aliado do presidente Nicolás Maduro, afirmou que o governo israelense, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, estaria utilizando o Instituto de Inteligência e Operações Especiais, conhecido como Mossad, para desestabilizar o governo venezuelano. Ele não apresentou evidências para sustentar suas alegações, que surgem em um contexto de acusações mútuas entre os dois países.
Contexto das tensões entre Venezuela e EUA
A fala do deputado ocorre um dia após o chanceler de Israel, Gideon Saar, ter classificado a Venezuela como um elo entre criminosos na América Latina e grupos terroristas do Oriente Médio. Saar fez essa declaração em resposta a uma série de ações que os EUA têm tomado contra o governo de Maduro, que é considerado um dos principais inimigos dos Estados Unidos na região.
Além disso, os EUA recentemente classificaram o cartel de Los Soles como uma organização terrorista internacional, uma reclassificação que abre portas para operações militares em outros países sob a justificativa de combate ao terrorismo. Essa mudança é particularmente significativa, pois direciona a atenção para Maduro, que é acusado de liderar esse cartel.
Implicações da classificação de organizações terroristas
A designação do cartel como organização terrorista internacional permite que Washington amplie suas operações na América Latina. Essa estratégia é vista como uma ofensiva direta contra Nicolás Maduro, que já é alvo de uma recompensa de US$ 50 milhões por sua captura. As palavras de Giménez refletem a preocupação do governo venezuelano em relação à influência estrangeira em sua política interna e a crescente pressão dos EUA.
Resposta venezuelana e alegações de interferência externa
As declarações feitas por Giménez e Saar mostram a polarização da retórica entre os oficiais venezuelanos e israelenses. A Venezuela tem se defendido contra o que considera uma interferência externa em seus assuntos internos, argumentando que as alegações sobre terrorismo são infundadas e parte de uma campanha para justificar ações militares contra o país.
Diante desse cenário, a posição de Maduro e seus aliados se torna cada vez mais desafiadora, enquanto os EUA reforçam suas políticas de pressão e intervenção. A situação na Venezuela continua a ser monitorada por analistas internacionais, que veem as tensões entre os países como um reflexo das dinâmicas geopolíticas em jogo na América Latina.
Considerações finais
O clima de incerteza política na Venezuela, exacerbado por declarações como as de Giménez, evidencia a complexidade das relações internacionais na região. A alegação de que Israel estaria ajudando os EUA em uma ofensiva contra a Venezuela é um reflexo da luta pelo poder e influência, não apenas no país, mas em toda a América Latina. A continuidade dessas tensões pode ter repercussões significativas para a política interna e externa da Venezuela nos próximos meses.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: m colorida mostra Nicolás Maduro