EUA baseiam plano de paz na Ucrânia em documento russo

Reuters

Informações revelam que proposta de 28 pontos se fundamenta em condições apresentadas pela Rússia

Plano de paz dos EUA para a Ucrânia se baseia em documento da Rússia, revelam fontes.

EUA fundamentam proposta de paz na Ucrânia em documento da Rússia

O plano de paz na Ucrânia, revelado recentemente por autoridades dos Estados Unidos, é baseado em um documento elaborado pela Rússia. Este documento foi apresentado ao governo Trump em outubro, conforme afirmam três fontes familiarizadas com a situação. O conteúdo levantou questões sobre a integridade das negociações e as concessões que Kiev está disposta a aceitar.

Detalhes do documento russo

O documento russo, classificado como um “não-documento” na linguagem diplomática, continha exigências que Moscou havia discutido anteriormente em negociações, incluindo a entrega de parte do território ucraniano no leste. A comunicação entre os altos funcionários dos EUA e a Rússia ocorreu após uma reunião entre Donald Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Washington.

Reação do governo americano

A Casa Branca não fez comentários diretos sobre o documento em questão, mas citou a disposição de Trump em avançar com o plano de paz. No entanto, alguns membros do governo expressaram preocupações. O secretário de Estado, Marco Rubio, acreditava que as exigências da Rússia seriam prontamente rejeitadas por Kiev. As discussões sobre o documento também incluíram contatos diretos de Rubio com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

Ceticismo em relação ao plano

Desde a divulgação do plano de 28 pontos, o ceticismo entre legisladores americanos aumentou. Muitos consideram que a proposta reflete mais as demandas russas do que um verdadeiro esforço de paz. Apesar das preocupações, os Estados Unidos pressionaram a Ucrânia, sugerindo que a assistência militar poderia ser restringida caso o país não aceitasse o acordo.

Mudanças no plano original

O plano sofreu alterações significativas desde sua elaboração inicial. Nove dos 28 pontos foram removidos após conversas entre autoridades dos EUA e da Ucrânia. Um grupo bipartidário de senadores também expressou descontentamento, apontando que a proposta não parecia um plano dos EUA, mas sim uma lista de desejos da Rússia.

Desdobramentos recentes

Recentemente, uma delegação americana, que incluía Rubio, se comprometeu a modificar partes do plano que eram consideradas excessivamente favoráveis à Rússia. Neste contexto, o enviado especial Steve Witkoff se reuniu com oficiais em Abu Dhabi, enquanto outra delegação ucraniana também estava presente para discutir a nova estrutura do acordo de paz.

Questões sensíveis permanecem

As autoridades ucranianas indicaram apoio à nova estrutura do acordo, mas destacaram que questões como concessões territoriais ainda precisam de mais diálogo. O futuro das negociações permanece incerto, especialmente com a complexidade das demandas envolvidas e a necessidade de consenso entre todas as partes. O desfecho dessa situação poderá impactar significativamente a dinâmica da guerra e as relações internacionais na região.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Reuters

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