Nova tecnologia oferece acesso facilitado a métodos contraceptivos de alta eficácia para mulheres
Implante contraceptivo de até R$ 4 mil é agora oferecido gratuitamente no SUS do Paraná, ampliando o acesso a métodos de planejamento reprodutivo.
Implante contraceptivo: um avanço significativo para a saúde pública no Paraná
O implante contraceptivo de etonogestrel, conhecido comercialmente como Implanon NXT, foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Paraná, oferecendo uma alternativa eficaz e gratuita para planejamento reprodutivo. Este método, que pode custar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no setor privado, agora se torna acessível para adolescentes e mulheres em idade fértil, promovendo autonomia e segurança.
Treinamento de profissionais de saúde para a implementação
Para garantir a correta utilização do novo método, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com o Ministério da Saúde, organizou uma oficina de qualificação na terça-feira, 25 de setembro. O evento contou com a participação de aproximadamente 150 profissionais de saúde, incluindo médicos e enfermeiros de 38 municípios. Durante a oficina, foram distribuídos kits de treinamento, além de simulações práticas para a inserção e retirada do implante.
Eficácia e benefícios do implante subdérmico
O implante subdérmico é um contraceptivo reversível de longa duração (LARC), com eficácia garantida por até três anos. A rápida recuperação da fertilidade após a remoção é uma de suas principais vantagens, especialmente quando comparado a métodos tradicionais que dependem de uso diário ou mensal. A introdução deste método no SUS é um passo importante para enfrentar a alta taxa de gestações não planejadas, que, segundo dados recentes, afetam entre 33% e 40% das gestantes no Brasil.
Ampliação do acesso e redução das desigualdades
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, enfatizou que a incorporação do implante ao SUS constitui um marco na oferta de métodos contraceptivos, promovendo direitos sexuais e reprodutivos. Com a previsão de distribuição de 500 mil unidades em 2025 e a meta de 1,8 milhão até 2026, o Paraná se prepara para atender a demanda crescente por métodos de planejamento reprodutivo.
Desafios e próximos passos
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, Maria Goretti David Lopes, destacou a importância da qualificação contínua dos profissionais e da organização dos serviços de saúde para garantir que o implante chegue a quem realmente precisa. O projeto visa não apenas ampliar o acesso, mas também reduzir desigualdades regionais no atendimento à saúde da mulher.
Conclusão
Com a implementação do implante contraceptivo no SUS, o Paraná avança na promoção da saúde reprodutiva, proporcionando às mulheres mais opções e liberdade para planejar suas vidas familiares. A ação é parte de um esforço maior para assegurar direitos e dignidade na saúde da população feminina.



