Quem tem artrose pode fazer agachamento?

Entenda quando o agachamento ajuda na artrose do joelho e quais cuidados ter para não piorar a dor.

Muita gente descobre que tem artrose no joelho e, na mesma hora, se pergunta se deve parar de fazer esforço nas pernas. Quem tem artrose pode fazer agachamento ou isso estraga ainda mais a cartilagem?

A dúvida é comum em pessoas que já sentem dor, travamento ou estalos nas articulações. O medo de piorar o quadro faz alguns abandonarem a academia, o pilates ou até atividades simples, como abaixar para pegar algo no chão.

O ponto importante é entender que a artrose não significa “proibição total” de exercícios. Em muitos casos, fortalecer a musculatura da coxa e do quadril, com movimentos parecidos com o agachamento, ajuda a estabilizar o joelho e reduzir a dor no dia a dia.

O problema aparece quando a pessoa faz o exercício sem orientação, com técnica errada ou com carga acima do que o corpo aguenta naquele momento.

Por isso, antes de decidir se quem tem artrose pode fazer agachamento, vale olhar para o quadro completo: grau da artrose, peso corporal, nível de dor, histórico de lesões e o tipo de atividade que a pessoa pratica.

Em situações mais delicadas, uma avaliação em uma clínica de ortopedistas ajuda a definir o melhor caminho, ajustando o treino para proteger os joelhos, em vez de sobrecarregar.

Quem tem artrose pode fazer agachamento com segurança?

Na maioria dos casos, quem tem artrose pode fazer agachamento sim, desde que o movimento seja adaptado, respeite o limite de dor e seja acompanhado por um profissional capacitado.

O agachamento não é o “vilão” por si só. O problema costuma estar no excesso de carga, na velocidade do movimento ou na falta de controle da postura, o que aumenta a pressão na cartilagem já desgastada.

Quando bem orientado, o agachamento fortalece os músculos da coxa, do quadril e da região lombar. Esses músculos funcionam como uma espécie de “cinta” que ajuda a proteger o joelho durante atividades simples, como subir escadas, levantar da cadeira ou caminhar em terrenos irregulares.

Quanto mais forte essa musculatura, menor tende a ser a sobrecarga direta na articulação.

Cuidados básicos para quem tem artrose e quer agachar

Alguns cuidados tornam o agachamento mais seguro para quem tem artrose. Um dos primeiros pontos é respeitar o limite da dor.

Desconforto leve é até esperado em quem está retomando o movimento, mas dor forte, pontada aguda ou sensação de joelho travando são sinais de alerta. Nessas situações, é melhor parar o exercício e conversar com o profissional que está acompanhando o treino.

Outro cuidado está na profundidade do agachamento. Nem todo mundo com artrose precisa descer muito. Em vários casos, agachamentos mais curtos, que lembram o movimento de sentar e levantar de uma cadeira, já trazem benefícios sem forçar tanto a articulação.

Apoiar as mãos em um banco, na barra guiada ou em uma superfície estável também ajuda a dar confiança e controle para quem sente insegurança.

Adaptações práticas do agachamento para quem tem artrose

Existem formas simples de adaptar o agachamento e torná-lo mais amigável para o joelho com artrose. Uma estratégia comum é usar uma cadeira ou banco como referência.

A pessoa encosta levemente o quadril no assento e volta, mantendo o tronco levemente inclinado à frente, o peito aberto e os joelhos alinhados com a ponta dos pés. Essa variação reduz o medo de cair e limita a profundidade do movimento de forma natural.

Outra adaptação é diminuir ou retirar completamente a carga no início. Quem está acostumado a usar barra ou halteres pode passar um período treinando apenas com o peso do próprio corpo, focando na técnica.

Depois, a carga aumenta de forma gradual, sempre observando se a dor não piora durante o exercício nem nas horas seguintes.

Dicas simples para proteger o joelho durante o agachamento

Alguns detalhes fazem muita diferença na proteção do joelho. Manter os pés afastados na largura do quadril, apontando levemente para fora, ajuda no equilíbrio. Os joelhos precisam acompanhar a direção dos pés, sem “caírem” para dentro.

O peso do corpo deve ficar bem distribuído entre o calcanhar e a parte da frente do pé, sem exagerar em nenhum lado. A respiração também conta: inspirar ao descer e soltar o ar ao subir ajuda a dar ritmo e controle ao movimento.

Quando o agachamento não é indicado para quem tem artrose

Apesar de, em muitos casos, quem tem artrose poder fazer agachamento, existem situações em que o exercício precisa ser suspenso ou substituído.

Pessoas com dor intensa ao caminhar, inchaço constante no joelho, sensação de instabilidade ou episódios recentes de travamento da articulação devem passar por avaliação médica antes de insistir em agachamentos.

Quem acabou de sofrer uma lesão, teve uma queda ou passou por cirurgia recente também precisa de liberação específica.

Em alguns momentos, exercícios na água, bicicleta ergométrica ou fortalecimento em aparelhos com menos impacto podem ser mais adequados até o joelho se estabilizar.

Depois disso, o agachamento adaptado pode voltar com segurança, seguindo o plano definido entre médico e fisioterapeuta.

A importância do acompanhamento profissional

Mesmo que a dúvida pareça simples, cada caso de artrose tem características próprias. Idade, peso, nível de atividade física, presença de outras doenças e histórico de lesões influenciam muito na escolha dos exercícios.

Por isso, vale a pena ter acompanhamento próximo de um profissional de saúde. Em consultas com ortopedistas focados em joelho, é possível entender melhor o grau da artrose e quais movimentos devem ser priorizados ou evitados.

Além do médico, profissionais de educação física e fisioterapeutas são peças importantes na rotina de quem tem artrose e quer se manter ativo. Eles ajustam o número de repetições, o tempo de descanso, o tipo de exercício e a progressão de carga.

Dessa forma, o treino deixa de ser um motivo de medo e passa a ser uma ferramenta para reduzir dor, aumentar a força e melhorar a qualidade de vida.

Como conviver com a artrose sem abandonar o movimento

Conviver com artrose não significa abrir mão do movimento. Em muitos casos, a resposta para quem pergunta se quem tem artrose pode fazer agachamento é um “sim, com cuidado”.

O segredo está em respeitar a dor, buscar orientação, adaptar a carga e a profundidade do exercício e observar como o joelho reage nos dias seguintes.

Quando o corpo se fortalece de forma gradual, atividades simples do dia a dia ficam mais leves, como subir escadas, caminhar no bairro ou brincar com os filhos e netos.

Em vez de enxergar o agachamento como inimigo, vale encarar o exercício como um aliado, desde que seja realizado no momento certo e do jeito certo. Toda decisão sobre treino e atividade física em quem tem artrose precisa levar em conta a individualidade.

Por isso, em caso de dúvida, o melhor caminho é procurar ajuda profissional, esclarecer medos e montar um plano que proteja o joelho, sem deixar a pessoa presa ao sedentarismo.

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: