Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destaca necessidade de cooperação internacional após operação contra fraude
Após operação contra fraude, Brasil planeja acordo de cooperação com os EUA para combater crime organizado.
Brasil busca cooperação com EUA contra crime organizado
Nesta quinta-feira (27/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o Brasil deve buscar um acordo de cooperação com os Estados Unidos para combater o crime organizado. A declaração ocorreu durante uma coletiva de imprensa sobre a ‘Operação Poço de Lobato’, que teve como alvo uma refinaria do grupo Fit, que deve mais de R$ 26 bilhões em impostos e é investigado por fraudes.
Segundo Haddad, os alvos da ‘Operação Poço de Lobato’ estão envolvidos em atividades de evasão de divisas e lavagem de dinheiro nos Estados Unidos. “Isso vai ser objeto de debate entre as autoridades brasileiras e estadunidenses para chegar a um acordo de cooperação nesse sentido”, afirmou o ministro.
A base de operações ilegais em Delaware
Haddad destacou que o Estado de Delaware, nos EUA, tem sido utilizado como base para operações ilegais. Ele descreveu um esquema em que dezenas de empresas são abertas para facilitar a lavagem de dinheiro, incluindo um empréstimo que retorna ao Brasil na forma de aplicação de recursos. Uma das operações ilegais mencionadas pelo ministro teria movimentado R$ 1,2 bilhão.
Além disso, ele revelou que peças de reposição de armamentos têm chegado ao Brasil de forma ilegal, abastecendo o crime organizado. A operação desta quinta visa uma empresa do setor de combustíveis, que causou um prejuízo significativo aos cofres estaduais e federais, com 190 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos em várias regiões do país, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Maranhão e o Distrito Federal.
Investigação contra o Grupo Refit
Os alvos da operação estão ligados ao Grupo Refit, que controla a Refinaria Manguinhos no Rio de Janeiro e outras empresas do setor. Este grupo é apontado como o maior devedor de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em São Paulo. Os investigados na operação são descritos como operadores de movimentações financeiras ilegais que conectam o Brasil e os Estados Unidos.
A busca por um termo de cooperação com os EUA foi repassada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, conforme Haddad. A expectativa é que essa parceria possa fortalecer o combate a atividades criminosas que afetam a economia e a segurança pública do Brasil.
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