Japão nega que Trump tenha aconselhado Takaichi a evitar provocação à China sobre Taiwan

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Tensão entre Japão e China aumenta após comentários do primeiro-ministro sobre a soberania de Taiwan

O Japão desmentiu que Trump tenha aconselhado Takaichi a não provocar a China sobre Taiwan.

Japão desmente suposta conversa entre Trump e Takaichi sobre Taiwan

O Japão negou um relatório que afirmava que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia aconselhado a primeira-ministra Sanae Takaichi a evitar provocar a China em relação à soberania de Taiwan. Durante uma coletiva de imprensa, o porta-voz do governo japonês, Minoru Kihara, declarou que ‘não existe tal fato’, refutando as alegações publicadas pelo The Wall Street Journal.

Tensão crescente entre Japão e China

A controvérsia surgiu após Takaichi sugerir, no início do mês, que o Japão poderia intervir militarmente em caso de um ataque à Taiwan, o que provocou a ira do governo chinês. A China considera Taiwan uma parte de seu território e, após os comentários de Takaichi, o líder chinês, Xi Jinping, teria abordado a questão em uma ligação com Trump, enfatizando que a recuperação de Taiwan é uma parte ‘integral da ordem internacional pós-guerra’.

A conversa entre Trump e Takaichi

O relatório do WSJ indicou que, após a ligação entre Trump e Xi, o presidente dos EUA teria feito uma chamada a Takaichi, aconselhando-a a não provocar Pequim sobre a questão da soberania da ilha. Takaichi, por sua vez, confirmou que discutiu com Trump a conversa dele com Xi, além das relações bilaterais entre Japão e Estados Unidos. Segundo a primeira-ministra, Trump afirmou que eles são ‘muito bons amigos’ e que ela poderia contactá-lo sempre que necessário.

Reações da China e do Japão

Em resposta aos comentários de Takaichi, o governo chinês tomou medidas punitivas, incluindo a convocação do embaixador japonês em Pequim e um alerta para que cidadãos chineses evitassem viajar ao Japão. A embaixada da China em Tóquio emitiu um alerta sobre um suposto aumento de crimes contra chineses, o que foi prontamente negado pelo ministério das Relações Exteriores japonês, que citou dados da Agência Nacional de Polícia mostrando uma redução significativa nos homicídios em comparação com o ano anterior.

O papel dos EUA no conflito

A crescente disputa diplomática entre Japão e China também trouxe à tona preocupações sobre a postura dos EUA na região. Enquanto o enviado dos EUA em Tóquio reafirma o apoio americano ao Japão frente à ‘coerção’ da China, alguns legisladores japoneses expressaram o desejo de um apoio mais robusto de seu aliado em Washington. A preocupação reside na possibilidade de Trump suavizar seu apoio a Taiwan em busca de um acordo comercial com a China, o que poderia encorajar Pequim e aumentar as tensões em uma Ásia Oriental cada vez mais militarizada.

Conclusão

A situação entre Japão e China continua tensa, com a diplomacia entre as duas nações sendo testada. As declarações de Takaichi e as reações chinesas ilustram um cenário delicado, onde a soberania de Taiwan se torna um ponto central de discórdia nas relações internacionais. Enquanto isso, a postura dos EUA permanecerá crucial para a dinâmica regional, à medida que os líderes tentam equilibrar interesses estratégicos e econômicos em meio a um clima de crescente militarização.

Fonte: www.aljazeera.com

Fonte: POOL

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