IA deixou de ser aposta futurista e já impacta processos, decisões e competitividade das empresas brasileiras.
Um estudo global conduzido pela IBM no relatório AI in Action 2024 mostrou que dois terços das empresas líderes relataram aumento de receita superior a 25% após incorporarem IA em suas operações. O levantamento envolveu 2.000 organizações e destaca que 85% dos líderes seguem um roadmap bem definido para adoção de IA, enquanto 72% mantêm alinhamento claro entre liderança executiva e time de TI.
Luiz Santos, empreendedor responsável pela Unnichat, plataforma de CRM e automações via API oficial do WhatsApp, acompanha de perto essa revolução tecnológica. Ele traz à tona exemplos práticos de empresas que deixaram de tratar IA como novidade para vê-la como componente essencial de crescimento. “Empresas que usam IA com propósito crescem mais rápido, erram menos, escalam melhor”, afirma Luiz. Sua experiência em automação e marketing digital dá autoridade para entender tanto potenciais quanto riscos da adoção de IA.

A transformação promovida pela IA vai além de automatizar tarefas repetitivas. Ela envolve análise preditiva, recomendações personalizadas, geração de conteúdo, otimização de logística, detecção de fraudes e suporte à governança de dados. Com isso, gestores passam a contar com insights que permitem decisões mais ágeis, orientadas por dados e centradas no cliente.
Um ponto destacado por Luiz é a importância da base de dados bem estruturada e da governança de informações para que a IA seja realmente eficiente. Ele conta que “não adianta investir em modelos complexos se os dados estão desorganizados e sem clareza de propósito”. Segundo o estudo da IBM, essas organizações líderes priorizam precisamente esses elementos, estratégia clara, infraestrutura adequada e alinhamento entre negócio e tecnologia.
Além disso, o relatório identifica os casos de uso mais comuns entre quem está na vanguarda: experiência do cliente, operações de TI, assistentes virtuais e cibersegurança. Esses usos mostram que IA já está operando em múltiplas frentes, não ficando restrita a projetos-piloto.
Para Luiz, a barreira principal para muitas empresas não é a tecnologia, e sim a cultura. Ele observa que é preciso mudar mentalidades para ver a IA como parceira do humano, não como substituta. Em suas palavras, “a IA libera o tempo do time para o que realmente importa: criar, inovar, resolver problemas complexos, não só executar tarefas mecânicas”. Esse deslocamento de foco interno gera impacto direto nos resultados.
Outro desafio importante está em mensurar o retorno real. O relatório da IBM aponta que muitas organizações ainda têm dificuldade em quantificar ganhos ou definir objetivos claros. Luiz recomenda metas específicas desde o início do uso da IA, com acompanhamento contínuo. Ele enfatiza que resultados concretos, aumento de receita, redução de custos, melhoria de qualidade, são os que justificam os investimentos.
Em um cenário onde competição e inovação andam lado a lado, a inteligência artificial se firmou como diferencial estratégico. As empresas que já adotaram IA de forma madura ou estão no caminho para isso demonstram que não se trata mais de uso isolado, mas de transformação geral de processos, cultura e modelo de negócio. A pergunta passa a não ser se a IA vai mudar sua empresa, mas quando e quanto tempo mais você vai esperar para abraçá-la.