Lula apresenta proposta de universidades indígenas e do esporte ao Congresso

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Iniciativa visa promover inclusão e acesso à educação superior no Brasil

Lula assina projeto que cria universidades indígenas e do esporte, prometendo inclusão e acesso à educação superior.

Lula assina projeto para criação de universidades indígenas e do esporte

Em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em 27 de novembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o envio ao Congresso Nacional do projeto de lei que criará a Universidade Federal Indígena (Unind) e a Universidade Federal do Esporte (UFEsporte). Esta iniciativa tem como meta promover a inclusão e o acesso à educação superior no Brasil, com as duas universidades sediadas em Brasília (DF).

Os ministros da Educação, Camilo Santana, do Esporte, André Fufuca, e dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, participaram da assinatura do projeto, que deve começar a funcionar em 2027. Durante o ano seguinte, grupos técnicos interministeriais trabalharão no planejamento das instituições. Segundo o governo, esta proposta representa um marco na ampliação do acesso à educação pública e gratuita, promovendo a equidade e o desenvolvimento humano.

O impacto da Universidade Federal do Esporte

A UFEsporte será a primeira instituição pública na América Latina dedicada exclusivamente à formação superior na área esportiva. O governo pretende oferecer cursos presenciais e a distância voltados para treinadores, gestores, analistas de desempenho e preparadores físicos. Em seu discurso, Lula destacou a importância de estruturar a formação no esporte, afirmando que a universidade proporcionará condições científicas e técnicas para o aperfeiçoamento de talentos.

Os cursos programados para a UFEsporte incluem bacharelados e pós-graduação nas áreas de Ciência do Esporte, Educação Física, Gestão de Esporte e Lazer, Medicina Esportiva e Nutrição Esportiva. A expectativa é que a instituição atenda até 3 mil estudantes nos primeiros quatro anos de funcionamento, corrigindo uma lacuna histórica na formação de profissionais qualificados na área esportiva.

A relevância da Universidade Federal Indígena

A Unind foi concebida como uma resposta às desigualdades históricas enfrentadas pelos povos indígenas no acesso à educação superior. O Ministério dos Povos Indígenas ressalta que a criação da universidade é fruto de um intenso processo de escuta e diálogo com representantes indígenas de todo o Brasil. A proposta foi desenvolvida após 20 seminários regionais que discutiram as necessidades específicas dessa população.

Os cursos na Unind incluirão Gestão Ambiental, Políticas Públicas, Sustentabilidade Socioambiental e Promoção das Línguas Indígenas. O objetivo é ampliar o acesso de indígenas à educação, com processos seletivos próprios, garantindo que 2,8 mil estudantes possam se matricular em até quatro anos.

Discussões e desafios no Congresso

Lula aproveitou a ocasião para convocar os povos indígenas e os atletas a se mobilizarem pela aprovação do projeto no Congresso. Ele incentivou a realização de emendas que visem a melhoria do texto, afirmando que o lema do governo é sempre melhorar. Este apelo ocorre em um contexto de tensão entre o Executivo e o Legislativo, com discussões em andamento sobre vetos presidenciais.

O governo vê a criação da Unind e da UFEsporte como um passo significativo para garantir a inclusão e a igualdade de oportunidades na educação superior, consolidando a formação de profissionais qualificados que atendam às demandas sociais e culturais do Brasil.

Conclusão

As universidades propostas por Lula representam uma nova fase na educação brasileira, buscando atender as especificidades de povos historicamente marginalizados e fomentar o desenvolvimento do esporte. A criação dessas instituições pode transformar a paisagem educacional do país, proporcionando novas oportunidades e promovendo a equidade entre diferentes grupos sociais.

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