A healthtech BudMed se destaca ao integrar tecnologia e saúde no uso terapêutico da cannabis.
A BudMed aposta na tokenização para democratizar o acesso ao tratamento com cannabis no Brasil.
BudMed e o uso terapêutico da cannabis no Brasil
A economia da cannabis no Brasil ganha impulso com a chegada da BudMed, uma healthtech que se destaca ao integrar tecnologia e saúde para o uso terapêutico da cannabis. Criada pela LandBanker, a startup tem como objetivo democratizar o acesso aos tratamentos com cannabis, utilizando a tokenização como ferramenta chave para conectar pacientes, profissionais de saúde e investidores.
A BudMed projeta alcançar uma receita de R$ 50 milhões em 2026, expandindo suas operações inicialmente na Bahia para outros estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, além de estabelecer conexões internacionais com centros de pesquisa nos EUA, Alemanha e Suíça.
O papel da tokenização no mercado de ativos digitais
Segundo o Brazil Tokenization Report 2025, o volume de ativos tokenizados no Brasil já supera os US$ 1 bilhão, refletindo um ambiente propício para inovações. A BudMed utiliza o BUD Token, um ativo digital que facilita transações internas e promove o engajamento da comunidade. O CEO da BudMed, Tassio Gil, afirma que a tecnologia permite unir ciência, inovação e impacto social de maneira transparente.
Modelo de negócios e compromisso social
A plataforma da BudMed é baseada em um modelo híbrido que combina teleconsultas médicas e odontológicas, prescrição digital e produtos certificados. Além disso, a healthtech se compromete a destinar 20% da produção a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica, buscando garantir que o acesso ao tratamento não seja um privilégio.
A BudMed também mantém uma forte conexão com a Associação Santa Cannabis, que é reconhecida por seu rigor científico e trabalho comunitário. Com cerca de 12 mil membros, a associação se tornou um pilar importante para a regulamentação do cultivo nacional.
Crescimento do mercado de cannabis medicinal
O mercado internacional de produtos derivados do cânhamo movimenta entre US$ 5 bilhões e US$ 7 bilhões anualmente, com projeções de crescimento de 16% a 25% até 2033. No Brasil, a demanda por tratamentos com cannabis cresce rapidamente, com 672 mil pacientes registrados, um aumento de 56% em relação ao ano anterior.
O estudo da consultoria Escolhas aponta que até 2030, seriam necessários 64 mil hectares de cultivo e um investimento de cerca de R$ 1,23 bilhão para atender essa demanda.
Expectativas e desafios
Gil destaca que o Brasil está passando por uma virada na percepção social sobre a cannabis, e que o avanço regulatório, combinado com o uso inteligente da tecnologia, pode posicionar o país como uma referência mundial em pesquisa e produção de cannabis medicinal. A BudMed, com sua abordagem inovadora e compromisso social, é um exemplo de como o setor pode se desenvolver de maneira ética e sustentável, contribuindo para uma saúde mais humana e acessível.
