Dívida do setor público brasileiro alcança 78,6% do PIB em outubro

Adriano Machado

Aumento na dívida bruta do governo geral reflete desafios econômicos e custos com juros

A dívida bruta do governo geral aumentou e chegou a 78,6% do PIB em outubro, refletindo desafios econômicos.

Aumento da dívida bruta do governo geral em outubro

A dívida do setor público brasileiro, conhecida como dívida bruta do governo geral (DBGG), avançou em outubro, alcançando 78,6% do PIB. Este percentual representa um crescimento em relação aos 78% registrados em setembro, conforme os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (28). Em termos monetários, a dívida totalizou R$ 9,9 trilhões, um aumento significativo em comparação aos R$ 9,7 trilhões do mês anterior.

Fatores que influenciam o aumento da dívida

Esse movimento de alta na dívida pública é atribuído, principalmente, a dois fatores: os encargos da dívida, que geraram pressão sobre o total, e o desempenho mais fraco do PIB nominal, que afeta a relação dívida-PIB. A relação entre a dívida e o PIB é um indicador crucial para avaliar a saúde econômica do país, e seu aumento pode sinalizar dificuldades futuras.

Impactos dos juros sobre a dívida

Os gastos com juros também têm um papel importante nesse cenário. Em outubro, os desembolsos com juros atingiram R$ 113,9 bilhões, levemente superiores aos R$ 111,6 bilhões do mesmo mês do ano anterior. Ao longo de 12 meses, essas despesas somaram R$ 987,2 bilhões, o que representa o maior valor da série histórica. Isso equivale a 7,88% do PIB, um aumento em relação aos 7,48% registrados um ano antes.

Resultados nominais negativos

O resultado nominal, que inclui as despesas com juros, ficou negativo em R$ 81,5 bilhões no mês de outubro. No acumulado de 12 meses, o déficit chega a R$ 1,018 trilhão, o que representa 8,15% do PIB. Essa situação levanta preocupações sobre a sustentabilidade da dívida pública e a necessidade de ações fiscais mais rigorosas por parte do governo.

Considerações sobre o futuro

Desde o início do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a razão dívida-PIB aumentou em 7 pontos percentuais, saindo de 71,7% para os atuais 78,6%. Para o ano de 2025, projeções indicam que a dívida pode aumentar em 2,1 pontos percentuais até outubro, principalmente devido ao aumento contínuo dos custos com juros. A combinação desses fatores coloca o Brasil em uma posição delicada, exigindo atenção das autoridades econômicas para evitar um agravamento da situação fiscal.

Fonte: www.cnnbrasil.com.br

Fonte: Adriano Machado

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