Donald Trump anuncia possível ofensiva terrestre contra narcotráfico na Venezuela em meio a reforço militar no Caribe
EUA reforçam presença militar no Caribe e anunciam possível ação terrestre contra narcotráfico na Venezuela, aumentando a tensão com Caracas.
Reforço militar dos EUA no Caribe intensifica tensão com a Venezuela
Desde setembro, a tensão entre EUA e Venezuela tem aumentado significativamente com o reforço da presença militar americana no Caribe. Nesta quinta-feira (27), o presidente Donald Trump anunciou que operações terrestres contra o narcotráfico venezuelano devem começar “muito em breve”. O envio do porta-aviões Gerald Ford, o maior do mundo, junto a oito navios de guerra e caças F-35, demonstra a escalada da estratégia americana na região, centrada na luta contra o tráfico de drogas.
Declarações de Donald Trump sobre ofensiva terrestre e combate ao narcotráfico
Donald Trump afirmou em conferência com militares que, apesar da redução do tráfico por mar, os EUA agora querem impedir também o envio de entorpecentes por terra a partir da Venezuela. Sem detalhar prazos ou métodos, ele reforçou a frase: “Alertamos eles a pararem de enviar veneno para o nosso país”. Na terça-feira (25), o presidente já havia declarado estar disposto a tratar a situação “do jeito difícil”, sugerindo maior agressividade contra o regime de Nicolás Maduro.
Classificação do Cartel de los Soles e justificativa legal para ações americanas
No início de semana, o governo dos EUA incluiu o Cartel de los Soles na lista de organizações terroristas, acusando o grupo — supostamente ligado ao governo Maduro — de atuar no envio de drogas aos EUA. Essa classificação oferece base legal para possíveis ataques a alvos associados ao regime venezuelano. Trump ressaltou que não pretende ataques específicos no momento, mas que “todas as opções” permanecem abertas. Especialistas, contudo, questionam a estrutura do cartel e sua real existência como organização consolidada.
Reação da Venezuela e acusações de tentativa de mudança de regime
O governo venezuelano criticou duramente a inclusão do Cartel de los Soles como grupo terrorista, qualificando a medida de “ridícula” e denunciando a intenção americana de promover mudança de regime por meio da pressão militar. A presença reforçada dos EUA no Caribe coincide com movimentações sensíveis do governo venezuelano, como o rastreamento de um avião VIP até a fronteira com o Brasil, elevando a insegurança regional.
Perspectivas e riscos futuros diante da escalada do conflito entre Washington e Caracas
A intensificação da retórica dos EUA e o aumento da movimentação militar no Caribe elevam o risco de um novo patamar de crise entre os dois países. Apesar de autoridades americanas negarem planos para capturar ou eliminar Nicolás Maduro, analistas apontam que o ambiente permanece volátil e imprevisível, com potencial para desdobramentos graves na estabilidade regional e nas relações internacionais.
Impactos regionais e a comunidade internacional diante da crise crescente
Especialistas em segurança regional destacam que o aumento da hostilidade pode desestabilizar ainda mais o Caribe e a América do Sul. A operação contra o narcotráfico, embora justificada pelos EUA, pode ser interpretada como pretexto para ações mais amplas, o que gera preocupações sobre o futuro da democracia e dos direitos humanos na Venezuela. A comunidade internacional acompanha com atenção os próximos passos dos envolvidos, temendo uma escalada militar mais ampla.
Fonte: baccinoticias.com.br
Fonte: Bacci Noticias
