Legisladores dos EUA exigem esclarecimentos sobre ataques a barcos venezuelanos

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Comitês republicanos planejam rigorosa fiscalização após denúncias de ataques militares com ordens para eliminar sobreviventes

Legisladores americanos cobram explicações sobre ataque militar a barcos venezuelanos, com denúncias de ordens para matar sobreviventes.

Legisladores americanos intensificam pressão por esclarecimentos sobre ataques a barcos venezuelanos

Em 2 de setembro, ataques militares dos EUA a barcos suspeitos de tráfico de drogas na costa do Caribe, próximo à Venezuela, resultaram em uma série de mortes que vêm provocando questionamentos legais e políticos. O caso ganhou destaque após reportagens denunciarem que um segundo ataque teria sido ordenado para eliminar sobreviventes do primeiro, uma acusação que levou legisladores dos EUA a cobrar explicações detalhadas do governo Trump e do Pentágono. A keyphrase “ataques a barcos venezuelanos” tem sido central no debate público e governamental.

O secretário de Defesa, Pete Hegseth, figura central da controvérsia, negou as alegações, qualificando-as como “fake news”. O presidente Donald Trump manifestou apoio integral a Hegseth, afirmando acreditar “100%” na sua versão dos fatos. Enquanto isso, comitês legislativos republicanos que supervisionam o Pentágono anunciaram que conduzirão uma “vigorous oversight” para apurar os fatos.

Aumento da presença militar americana e a operação anti-narcóticos na região do Caribe

Os Estados Unidos expandiram sua presença militar no Caribe nos últimos meses, realizando uma série de ataques letais contra embarcações suspeitas de transportar drogas ilícitas provenientes da Venezuela e da Colômbia. Segundo a administração Trump, as ações são realizadas em legítima defesa, visando destruir os barcos que tentam levar substâncias ilegais ao território americano.

Desde o início de setembro, mais de 80 pessoas foram mortas nestas operações. A estratégia americana envolve o uso de força militar em águas internacionais, provocando reações diplomáticas e debates jurídicos sobre a legitimidade e o compliance com tratados internacionais.

Denúncias de ordens para “matar todos” a bordo e reações do Congresso

Reportagens recentes afirmam que o secretário de Defesa teria dado a ordem verbal para “matar todos” os ocupantes de um dos barcos atacados, fato que gerou a execução de um segundo ataque para cumprir tal instrução. Entre os legisladores, a notícia provocou inquietação e denúncias de possíveis crimes de guerra.

Senador Tim Kaine, democrata, declarou que se as informações forem verdadeiras, trata-se de uma violação grave da lei internacional. O republicano Mike Turner afirmou que ainda não há evidências conclusivas sobre o segundo ataque, mas reconheceu que, se confirmado, seria um ato ilegal.

As comissões de Serviços Armados do Senado e da Câmara iniciaram investigações aprofundadas para esclarecer o incidente, demonstrando preocupação bipartidária sobre as implicações legais e éticas.

Posicionamento do governo e do governo venezuelano diante das acusações

Em resposta às alegações, Hegseth chamou as reportagens de “fabricadas e inflamatórias”, reafirmando que os ataques foram conduzidos dentro das normas do direito internacional e americano. Ele também declarou que os alvos estavam ligados a organizações terroristas designadas.

O presidente Trump, durante conversa com a imprensa a bordo do Air Force One, defendeu o secretário de Defesa e afirmou que a administração continuará investigando o caso, deixando claro que não apoiaria um segundo ataque deliberado contra sobreviventes.

Por outro lado, a Assembleia Nacional da Venezuela condenou veementemente os ataques e prometeu investigar rigorosamente as alegações, denunciando a ação americana como um ato de provocação para desestabilizar o governo venezuelano.

Considerações legais sobre ataques a embarcações em águas internacionais

Os Estados Unidos não são signatários da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, mas orientam suas ações para que estejam em conformidade com seus preceitos. A convenção estabelece que países não devem interferir em embarcações que operam em águas internacionais, salvo exceções limitadas, como a perseguição contínua de embarcações que entram ilegalmente em águas territoriais.

Especialistas jurídicos enfatizam que o uso da força contra barcos geralmente deve ser limitado a medidas não letais para deter a embarcação e que ataques com o objetivo de eliminar sobreviventes poderiam configurar crimes internacionais.

Este episódio reforça os desafios e complexidades envolvendo operações militares e de combate ao tráfico de drogas em regiões internacionais, destacando a necessidade de transparência e revisão rigorosa para evitar violações legais e impactos diplomáticos negativos.

Fonte: www.bbc.com

Fonte: s A US Marine Sikorsky CH-53K King Stallion helicopter flies at José Aponte de la Torre Airport in Puerto Rico where forces train to support operations in the C

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