Maduro pede apoio da Opep contra ameaças dos EUA

Al Jazeera

Presidente da Venezuela solicita ajuda do bloco petrolífero para conter ações dos Estados Unidos contra suas reservas de petróleo

Nicolás Maduro apelou à Opep para conter as crescentes ameaças ilegais dos EUA que buscam tomar as reservas de petróleo venezuelanas.

Maduro solicita ajuda da Opep para enfrentar ameaças dos EUA no setor petrolífero

No dia 1º de dezembro de 2025, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, enviou uma carta aos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), convocando o bloco a apoiar seu país diante das ameaças ilegais crescentes provenientes dos Estados Unidos. Maduro destacou que os EUA, sob o governo de Donald Trump, estariam buscando se apropriar das vastas reservas petrolíferas venezuelanas, consideradas as maiores do mundo. Em sua comunicação, publicada pela emissora estatal TeleSUR, o presidente venezuelano enfatizou que essa agressão representa um risco sério para o equilíbrio do mercado energético global.

Contexto das acusações e militarização na região do Caribe

Maduro denunciou formalmente o emprego de força militar letal contra o território e as instituições da Venezuela, dirigindo-se não apenas à Opep, mas também ao grupo ampliado da Opep+, que inclui outros grandes produtores de petróleo. A Venezuela, histórica fundadora da Opep em 1960, mantém uma situação delicada, pois embora detenha reservas equivalentes a 303 bilhões de barris, em 2023 suas exportações totalizaram apenas 4,05 bilhões de dólares, montante muito inferior ao de outras nações produtoras, influenciado pelas sanções americanas aplicadas durante a presidência anterior de Trump.

Reação aos anúncios e presença militar dos EUA

A carta foi enviada um dia após Donald Trump afirmar em sua plataforma Truth Social que o espaço aéreo venezuelano estaria totalmente fechado, declaração que Caracas classificou como uma ameaça colonialista. O governo venezuelano também alega que a crescente presença militar dos EUA no Caribe visa o controle das reservas de petróleo e gás do país. Por sua vez, a Casa Branca justifica suas ações como combate ao tráfico de drogas, embora dados internos norte-americanos indiquem que a Venezuela não é um dos principais fornecedores para os Estados Unidos.

Impactos regionais e perspectivas energéticas

Os ataques militares dos EUA já resultaram em ao menos 83 mortes, provocando críticas de defensores dos direitos humanos que os consideram execuções extrajudiciais. A mobilização militar estadunidense na região conta com o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R Ford, além de diversas outras embarcações, milhares de soldados e caças F-35. Enquanto isso, países insulares do Caribe, diretamente afetados por tempestades tropicais e desastres climáticos crescentes, pedem a transição acelerada para fontes energéticas renováveis, destacando o contraste com as políticas de perfuração que a administração Trump promete expandir em áreas como as costas da Califórnia e Flórida.

Fonte: www.aljazeera.com

Fonte: Al Jazeera

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