entenda como a produção e o uso de carros afetam recursos naturais e a qualidade de vida urbana
A fabricação, uso e descarte dos carros demandam muitos recursos e agravam problemas ambientais nas cidades.
A produção de veículos e o consumo de recursos naturais essenciais
A fabricação de carros, especialmente evidenciada em 01/12/2025, requer a extração intensiva de minérios como ferro, alumínio, cobre e lítio. O processo consome grandes volumes de água e energia, além de gerar resíduos industriais. Nos veículos elétricos, a demanda por materiais para baterias eleva ainda mais esse impacto ambiental. Paulo Cappelli, pesquisador da área, destaca que essas etapas iniciais da produção são fundamentais para entender o custo ambiental dos veículos.
Impactos do uso dos carros na saúde pública e no ambiente urbano
Durante sua vida útil, os carros necessitam de combustíveis fósseis ou energia elétrica, lubrificantes e pneus, que contribuem para a poluição do ar. Essa poluição libera material particulado, óxidos de nitrogênio e monóxido de carbono, agravando asma, bronquite e doenças cardiovasculares. A qualidade do ar nas regiões próximas a vias movimentadas é diretamente afetada por esses poluentes, tornando o trânsito uma das principais fontes de problemas respiratórios na população urbana.
Como o crescimento das vias asfaltadas altera o clima e o ciclo da água nas cidades
A expansão das vias pavimentadas para acomodar a frota crescente modifica o uso do solo e interfere no ciclo hidrológico das áreas urbanas. O asfalto impede a infiltração da água no solo, direcionando grandes volumes para sistemas de drenagem, o que provoca enchentes frequentes e diminuição da recarga dos lençóis freáticos. Além disso, o pavimento retém calor durante o dia e o libera à noite, elevando em vários graus a temperatura local e aumentando o desconforto térmico para os moradores.
Desafios da mobilidade urbana e a busca por alternativas sustentáveis
O professor Tafarel Carvalho de Gois, do Ibmec Brasília, ressalta que o problema vai além da quantidade de veículos e está ligado à adaptação das cidades a uma lógica centrada no carro. Para reduzir a dependência individual dos automóveis, é crucial aproximar moradia, trabalho e serviços, além de investir em transporte coletivo eficiente, infraestrutura para pedestres e ciclistas, e regular a quantidade de vagas em áreas centrais. A criação de zonas de baixa emissão também é apontada como medida para melhorar a qualidade do ar.
Revisão do uso do solo e soluções naturais para mitigar impactos ambientais
Especialistas indicam que a revisão na utilização do asfalto é essencial para enfrentar os efeitos ambientais dos automóveis. A adoção de superfícies permeáveis e sistemas naturais de drenagem ajuda a controlar enchentes e a reduzir o superaquecimento urbano. Essas ações integradas são fundamentais para melhorar a sustentabilidade nas cidades e minimizar o custo ambiental dos veículos, garantindo melhor qualidade de vida para a população.
Fonte: www.metropoles.com
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