O projeto grandioso do salão de baile enfrentou conflitos internos e questionamentos sobre orçamento e permissões
O projeto do amplo salão de baile da Casa Branca, defendido por Trump, enfrenta conflitos técnicos e polêmicas sobre financiamento e regulamentação.
Projeto do salão de baile Trump enfrenta embates entre presidente e arquiteto
O salão de baile Trump, grande obra prevista para a Casa Branca, tem sido destaque em debates desde a sua concepção. Em 22 de outubro de 2025, o presidente Donald Trump divulgou uma mensagem enigmática em sua rede social Truth Social, reafirmando que o grandioso espaço será financiado de maneira privada e que a Casa Branca “precisava e desejava” esse salão há 150 anos. O presidente destacou sua determinação: “Enquanto formos fazer, vamos fazer direito”. A keyphrase “salão de baile Trump” aparece já nas primeiras linhas para enfatizar o tema central.
A obra, concebida para elevar o prestígio da residência oficial americana, tem enfrentado controvérsias, principalmente por causa do conflito entre Trump e James McCrery II, o arquiteto responsável pelo projeto. McCrery, indicado pessoalmente pelo presidente, manifestou preocupações sobre a escala exagerada do salão, que passou de uma capacidade inicial de 500 para 999 lugares, com a intenção de alcançar 1.350 assentos, possibilitando até a realização de uma posse presidencial. Para isso, toda a Ala Leste da Casa Branca foi demolida para atender a essa visão inflada, contrariando planos iniciais.
Desafios arquitetônicos e regras de construção na expansão da Casa Branca
James McCrery aconselhou o presidente sobre a regra de ouro da arquitetura: a extensão de um edifício não deve ofuscar a estrutura original que ela complementa. No entanto, Trump insistiu na grandiosidade do salão, levando a um impasse entre visionário e arquiteto. Segundo fontes, o presidente chegou a instruir os construtores a ignorar regras de zoneamento, permissões e códigos de construção, justificando que a obra está dentro dos terrenos da Casa Branca e, portanto, estaria dispensada dessas normas.
Enquanto o arquiteto afastou-se das atividades diárias, manteve-se em consultoria, orgulhoso de participar do projeto. Autoridades da Casa Branca qualificaram as divergências como “diálogo construtivo”, destacando o compromisso de realizar o maior acréscimo à Casa Branca desde o Salão Oval. Apesar da pressa, os planos ainda não foram submetidos ao National Capital Planning Commission, órgão federal responsável pela análise arquitetônica e urbanística.
Controvérsias financeiras e pressão sobre fornecedores do projeto do salão
O financiamento do salão de baile Trump depende de doações privadas de grandes corporações, incluindo Lockheed Martin, Microsoft, Caterpillar, Amazon e Comcast. Contudo, o JPMorgan Chase, maior banco dos Estados Unidos, recusou-se a apoiar o projeto por precaução. Jamie Dimon, CEO do JPMorgan, explicou que devido aos contratos governamentais da instituição e riscos de percepção pública negativa ou investigação futura, o banco mantém políticas rígidas para evitar qualquer conflito de interesses ou aparência de favorecimento.
Além disso, relatórios indicam que o presidente acelerou o processo de contratação da empresa responsável pela escavação do terreno, evitando o procedimento padrão de licitação. Um orçamento inicial de 3,2 milhões de dólares foi reduzido para 2 milhões mediante pressão de Trump, evidenciando o estilo direto e controverso do mandatário na gestão do projeto.
Cronograma ambicioso para conclusão do salão de baile até 2029
Trump estabeleceu que o salão de baile deve estar pronto até 2029, coincidindo com o término previsto de seu segundo mandato presidencial. O prazo apertado aumenta a pressão sobre a equipe de construção e gestão para cumprir os objetivos, mesmo diante das dificuldades técnicas, financeiras e burocráticas.
O projeto, que já virou símbolo de debates sobre arquitetura, poder e política, segue em desenvolvimento com relatos de tensões internas, destaque para a insistência do presidente em um espaço grandioso e polêmico que pode redefinir o uso e a imagem da Casa Branca. A conclusão desse empreendimento poderá impactar não apenas a residência presidencial, mas também a percepção pública sobre a gestão da administração Trump.
Influência do salão de baile Trump na política e na imagem presidencial
O salão de baile Trump não é apenas um espaço físico, mas uma extensão da imagem do presidente, refletindo sua ambição e estilo de liderança inconfundíveis. A magnitude da obra, sua construção controversa e financiamento privado envolvem figuras corporativas importantes e suscitam debates sobre ética e governança.
Enquanto defensores ressaltam o valor simbólico e funcional do espaço para eventos oficiais e históricos, críticos alertam para o risco de excessos, desperdício de recursos públicos e conflitos legais. O caso se tornou um exemplo de como projetos grandiosos podem se transformar em campo de batalha político e estratégico, influenciando a narrativa em torno da presidência em seu segundo mandato.
Fonte: www.thedailybeast.com
Fonte: The White House