Pesquisa revela queda na atividade manufatureira e aumento nos cortes de empregos na maior região econômica da Europa
A atividade industrial da zona do euro voltou à contração em novembro com aumento dos cortes de empregos e queda da demanda.
A atividade industrial da zona do euro registra contração em novembro devido à demanda enfraquecida
A atividade industrial da zona do euro voltou ao território de contração em novembro, conforme o Índice de Gerentes de Compras (PMI) de Manufatura da S&P Global, que caiu para 49,6, seu nível mais baixo em cinco meses. Essa queda reflete a desaceleração da demanda na região e levou a um aumento nos cortes de empregos, os mais acelerados desde abril. A atividade industrial da zona do euro enfrenta desafios significativos, principalmente nas maiores economias, Alemanha e França.
Novos pedidos e exportações diminuem, pressionando a produção e o emprego
Os novos pedidos industriais caíram após estabilidade em outubro, enquanto os pedidos de exportação registraram redução pelo quinto mês consecutivo, evidenciando dificuldades persistentes nos mercados internacionais. Esse cenário adverso forçou as empresas a adotarem cortes de empregos no ritmo mais acelerado em sete meses, além da redução dos estoques de produtos acabados na maior margem desde julho de 2021. A produção manufatureira continuou a crescer, mas em ritmo significativamente mais lento, chegando a 50,4, o índice mais fraco em nove meses.
Impacto nas maiores economias: Alemanha e França aprofundam recessão industrial
Na Alemanha e na França, o PMI de manufatura caiu para 48,2 e 47,8, respectivamente, indicando contração mais acentuada nesses dois maiores mercados da zona do euro. Enquanto isso, outros países como Irlanda e Grécia mantiveram crescimento, com índices acima de 52, apontando uma disparidade dentro da região. A retração nas principais economias exerce impacto relevante no desempenho industrial total da zona do euro, que enfrenta dificuldades para sair da estagnação.
Custos de insumos crescem, mas empresas absorvem pressões e ajustam preços
Os custos dos insumos industriais aumentaram no ritmo mais forte desde março, após meses de estabilidade relativa. Entretanto, as empresas absorveram a maior parte desses aumentos, refletido em uma leve queda nos preços de venda ao consumidor. Essa estratégia pode indicar dificuldades para repassar custos em um ambiente de demanda deprimida, afetando margens e sustentabilidade do setor.
Confiança empresarial melhora, sinalizando possível recuperação em 2024
Apesar do cenário desafiador, a confiança empresarial na zona do euro registrou melhora, alcançando o nível mais alto desde junho. Especialistas indicam que a mudança do pessimismo para o otimismo em países como Alemanha e França pode representar uma melhora gradual nas perspectivas econômicas. A estabilidade da inflação próxima à meta de 2% do Banco Central Europeu e a manutenção das taxas de juros em níveis estáveis oferecem um ambiente favorável para possível recuperação no próximo ano.
Perspectivas econômicas e influências para o futuro industrial da zona do euro
Segundo analistas, a situação atual da atividade industrial na zona do euro é preocupante, mas a melhora na confiança pode indicar uma reversão da tendência nos próximos meses. A expectativa é que a estabilidade dos indicadores macroeconômicos contribua para recuperar o crescimento, embora os riscos globais e a desaceleração da demanda permaneçam em pauta. A capacidade das indústrias de se adaptarem às pressões de custos e à volatilidade dos mercados internacionais será crucial para determinar o ritmo de recuperação.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times