CEO da Tesla acredita que IA e robótica podem resolver dívida pública, mas alertam para possível deflação significativa
Elon Musk defende que inteligência artificial e robótica são essenciais para resolver a crise da dívida de 38 trilhões dos EUA, alertando para deflação.
Elon Musk destaca inteligência artificial e robótica como solução para dívida pública de 38 trilhões
Em entrevista concedida em 1º de dezembro de 2025, Elon Musk afirmou que a inteligência artificial e a robótica em larga escala são as únicas formas viáveis de resolver a crise da dívida nacional dos Estados Unidos, que atualmente ultrapassa 38 trilhões de dólares. O CEO da Tesla apontou que, devido ao crescimento acelerado da dívida e aos altos juros que já superam o orçamento militar norte-americano, essas tecnologias são essenciais para estimular a economia e evitar um colapso financeiro.
Impacto dos juros da dívida federal e necessidade de crescimento econômico
Segundo Musk, o custo dos juros da dívida em outubro de 2025 atingiu 104 bilhões de dólares, correspondendo a 15% dos gastos federais previstos para o ano fiscal de 2026. Ele destacou que o total pago em juros durante o ano fiscal de 2025 somou 1,22 trilhão de dólares, evidenciando a pressão econômica enfrentada pelo governo. Para equilibrar a relação dívida/PIB, Musk sugere que reduzir gastos não é suficiente, tornando-se necessária uma revolução produtiva apoiada por avanços tecnológicos como IA e robótica.
Deflação significativa como consequência do aumento da produtividade
O empresário alertou que a adoção massiva de inteligência artificial e automação resultará em um aumento dramático na produção de bens e serviços, provocando deflação significativa. Essa condição ocorre porque a expansão da oferta ultrapassaria o crescimento da base monetária, levando a uma queda nos preços. Musk explicou que este fenômeno pode levar à redução das taxas de juros a zero em poucos anos, facilitando o controle da dívida pública.
Perspectivas econômicas e opiniões de especialistas sobre disinflacionamento
Economistas como Ron Insana e Rick Rieder compartilham visões semelhantes quanto ao impacto tecnológico na economia: a automação tende a reduzir custos e melhorar margens, gerando crescimento com menor inflação, ou seja, disinflacionamento. Contudo, enquanto Musk prevê deflação, a maioria dos especialistas considera mais provável uma desaceleração do ritmo de aumento dos preços.
Expectativas para os próximos anos e desafios do crescimento tecnológico
Elon Musk projetou que em até três anos a produtividade provocada pela inteligência artificial e robótica excederá a taxa de inflação e o crescimento da oferta monetária, iniciando um período de deflação controlada. Ele acredita que essa transformação poderá tornar a dívida pública um problema muito menor para os Estados Unidos, desde que a sociedade e a economia se adaptem às mudanças geradas por essas tecnologias emergentes.
Este panorama revela a importância da inteligência artificial e da automação não apenas como forças disruptivas no mercado, mas como potenciais agentes para resolver desafios econômicos estruturais, como a enorme dívida nacional dos EUA.