Taxas dos Depósitos Interfinanceiros no Brasil ficam estáveis enquanto rendimentos dos títulos americanos avançam diante de expectativas econômicas
Nesta segunda-feira (1), as taxas dos DIs oscilam próximas da estabilidade, enquanto os rendimentos dos Treasuries avançam em meio a expectativas nos EUA.
Taxas dos DIs se mantêm próximas da estabilidade nesta segunda-feira, 1º de novembro
Nesta manhã de segunda-feira (1), as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) oscilam próximas do patamar registrado na sessão anterior. O cenário no Brasil revela uma estabilidade diante da divulgação recente do boletim Focus, que trouxe revisões para baixo nas projeções de inflação para os anos de 2025 e 2026. A taxa do DI para janeiro de 2028 está em 12,825%, ligeiramente acima do ajuste anterior de 12,803%, enquanto a taxa para janeiro de 2035 marca 13,18%, praticamente estável frente ao ajuste de 13,179% da sessão anterior. Essas oscilações refletem a cautela dos agentes financeiros na avaliação do cenário econômico doméstico.
Avanço dos rendimentos dos Treasuries em contexto de expectativa por dados econômicos dos EUA
No mercado internacional, os rendimentos dos Treasuries americanos de dez anos, referência global para decisões de investimento, avançam 3 pontos-base, alcançando 4,046%. Este movimento ocorre em meio à antecipação pela divulgação, nesta segunda-feira, dos índices dos gerentes de compras (PMI) da S&P Global e do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), ambos referentes a novembro. Estes indicadores são fundamentais para direcionar as expectativas quanto às decisões futuras da política monetária do Federal Reserve (Fed). Atualmente, os títulos americanos precificam uma probabilidade de 87,6% para um corte de 25 pontos-base nos juros, evidenciando a atenção dos investidores à política monetária dos EUA.
Revisões do boletim Focus indicam redução nas projeções de inflação para 2025 e 2026 no Brasil
O boletim Focus divulgado recentemente pelo Banco Central mostra que economistas do mercado financeiro reduziram a projeção de inflação para 2025 de 4,45% para 4,43% e para 2026 de 4,18% para 4,17%. Apesar das projeções estarem acima do centro da meta do BC, que é de 3%, permanecem dentro do intervalo de tolerância, que vai até 4,5%. Além disso, as expectativas para a taxa básica de juros Selic mantêm-se em 15% para o fechamento deste ano e em 12% para o final de 2026, refletindo estabilidade nas condições monetárias atuais.
Participação do presidente do Banco Central em evento da XP Investimentos reforça atenção do mercado
Às 10h desta segunda-feira, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa de um evento promovido pela XP Investimentos em São Paulo. Esta participação ocorre em um momento de observação intensificada do mercado diante das análises recentes do Focus e das perspectivas internacionais quanto à política monetária do Federal Reserve. A fala de Galípolo pode oferecer maiores direcionamentos sobre o posicionamento futuro do Banco Central, especialmente em relação às taxas de juros e à condução da inflação no Brasil.
Perspectivas para os mercados financeiros brasileiros e influências externas
O comportamento das taxas dos DIs no Brasil e dos Treasuries nos EUA reflete um equilíbrio momentâneo em meio a cenários econômicos que ainda demandam análise detalhada. As revisões do boletim Focus indicam um ambiente de inflação controlada, mas ainda acima da meta central, requerendo monitoramento contínuo pela autoridade monetária. No plano internacional, os dados econômicos que serão divulgados nos Estados Unidos podem alterar as expectativas para a política monetária do Fed, impactando diretamente os mercados globais e influenciando o fluxo de capitais para economias emergentes, como o Brasil. O mercado financeiro segue atento a esses indicadores para ajustar estratégias e previsões.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Money Times