Demissões sem diálogo alimentam retaliações e podem comprometer segurança da informação nas empresas

Divulgação.

Especialistas alertam que desligamentos mal conduzidos podem gerar reações impulsivas de ex-funcionários, como apagar dados das empresas, que ficam vulneráveis

 

 

 

 

 

Uma tendência recente vem chamando a atenção de especialistas em comportamento organizacional e direito do trabalho: ex-funcionários que, após a demissão, apagam dados corporativos e divulgam o que fizeram em suas redes sociais como forma de desabafo ou vingança. A prática acende um alerta sobre o impacto emocional dos desligamentos e os riscos psicossociais associados à cultura das empresas.

Embora possa ser visto como uma brincadeira por alguns, esse comportamento tem consequências jurídicas. Do ponto de vista legal, apagar ou compartilhar dados de propriedade da empresa pode configurar crime digital e gerar processos civis ou criminais. Mas, segundo especialistas, o problema vai além, mostrando relações de trabalho adoecidas e falhas graves na condução de demissões.
Adriana Belintani, advogada especialista em saúde mental e direito do trabalho, destaca que o desligamento mal conduzido reflete uma cultura que evita o diálogo e naturaliza o sofrimento emocional.
“A ausência de um procedimento ético e transparente transforma o RH em um órgão apenas operacional, quando deveria ser o guardião da integridade humana na organização. Uma cultura saudável, ao contrário, mantém princípios de justiça organizacional, empatia e coerência, fatores que fortalecem a confiança e diminuem o risco de comportamentos impulsivos ou retaliações”, afirma a advogada.
 

Impacto na imagem corporativa

A atitude de funcionários demitidos que apagam senhas e outros dados das empresas também tem impacto direto na governança de dados e na imagem corporativa, ressalta Katia Daud, gestora de privacidade.

“Ter políticas claras, monitoramento de acessos e treinamento contínuo de equipes, incluindo RH, garante que todos compreendam o valor dos dados e saibam agir de forma responsável. Mais do que tecnologia, proteger informações é uma questão de cultura e propósito, preservando a reputação da empresa e cuidando das pessoas envolvidas”, diz a especialista.

Fonte e foto: Assessoria de Imprensa.

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