Ex-diretor do INSS é preso em flagrante por corrupção, diz CPMI

Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador de pagamentos, é acusado de facilitar irregularidades no Instituto

O presidente da CPMI do INSS determina a prisão do ex-coordenador Jucimar Fonseca por supostos atos de corrupção.

Prisão em flagrante do ex-coordenador do INSS

Na madrugada de 2 de dezembro de 2025, o senador Carlos Viana, presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), anunciou a prisão em flagrante do ex-coordenador-geral de Pagamentos de Benefícios, Jucimar Fonseca da Silva. A prisão ocorreu após depoimento na CPMI, que ouviu o ex-diretor em uma sessão que começou no dia anterior.

O papel de Jucimar no escândalo do INSS

Jucimar Fonseca da Silva foi afastado de suas funções no INSS em 27 de julho, por determinação judicial. Investigações indicam que ele assinou uma nota técnica que permitiu, em lote, a realização de descontos associativos a pedido de uma das entidades implicadas nas fraudes. Esse esquema gerou grande repercussão e levantou questionamentos sobre a atuação do INSS.

Revelações da CPMI e suas consequências

O escândalo envolvendo o INSS foi inicialmente revelado pelo portal Metrópoles em dezembro de 2023 e, desde então, os desdobramentos foram impactantes. Em março de 2024, foi confirmado que a arrecadação das entidades que realizavam os descontos mensais havia disparado, com uma receita superior a R$ 2 bilhões em apenas um ano. Isso ocorreu enquanto muitas dessas associações enfrentavam processos por fraude na filiação de segurados.

Além disso, a série de reportagens do Metrópoles resultou na abertura de inquérito pela Polícia Federal e deu suporte às investigações da Controladoria-Geral da União (CGU). A PF utilizou 38 matérias do portal como parte da representação que embasou a Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril, que culminou na demissão do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.

Novos desdobramentos da CPMI

A CPMI do INSS continua a investigar as profundezas deste escândalo, que atingiu diversas camadas da administração pública. O senador Viana indicou que a comissão pode ser prorrogada por mais 60 dias para garantir que todas as irregularidades sejam apuradas. Isso demonstra a seriedade das investigações em curso e a importância de responsabilizar todos os envolvidos.

O que significa essa prisão

A prisão de Jucimar é um marco no processo de responsabilização de ex-altos funcionários do INSS. A CPMI tem se mostrado um espaço fundamental para esclarecer as verdades que envolvem o INSS e as fraudes a ele associadas. O caso evidencia a necessidade de uma reforma profunda nas estruturas de governança do instituto e destaca o compromisso das autoridades com a transparência e a justiça.

Essa situação reflete um momento crítico na luta contra a corrupção no Brasil, e as ações da CPMI são um passo significativo rumo à responsabilização de quem abusa do cargo em benefício próprio. As investigações devem continuar a fornecer novos dados e informações, enquanto a sociedade aguarda respostas e soluções efetivas para os problemas enfrentados no setor previdenciário.

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