La Niña e os riscos para a safra do milho 2025/26

Entenda como as condições climáticas influenciam a produção do milho safrinha

A análise das condições climáticas para a safra do milho safrinha 2025/26 revela riscos significativos devido à La Niña.

La Niña e a situação do milho safrinha 2025/26

A nova temporada do milho safrinha brasileiro se inicia em um contexto climático que, embora não alarmante, apresenta contornos que podem intensificar os riscos percebidos por agentes do mercado. As condições de La Niña já estabelecidas, com anomalias de temperatura entre -0,5°C e -0,7°C na região Niño 3.4, criam um ambiente de variabilidade atmosférica que poderá impactar a produção.

Impactos das condições climáticas na produção

A combinação de La Niña moderada e a subsequente transição para neutralidade não é desprezível. Historicamente, essa combinação resulta em alternâncias entre períodos de chuva e seca, o que pode dificultar a disponibilidade de água no momento em que o milho necessita de condições estáveis. Essas características climáticas podem ter um efeito significativo nas fases críticas de desenvolvimento da planta, como o pendoamento e a granação, que são sensíveis a essas variações.

Precedentes históricos e suas lições

Um exemplo claro é a safra 2017/18, quando uma La Niña fraca foi observada no final do ano e a transição para um ano neutro começou na primavera. Embora a fase inicial tenha sido favorável, a irregularidade das chuvas nas fases reprodutivas gerou estresse hídrico, resultando em quedas de produtividade significativas em estados como Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná. Esses dados são preocupantes, pois demonstram a vulnerabilidade do milho safrinha a condições climáticas adversas.

Desafios decorrentes dos atrasos no plantio

Atrasos no plantio podem exacerbar esses riscos. O deslocamento das fases reprodutivas para um período menos favorável, que ocorre quando a semeadura é empurrada para fora da janela ideal entre janeiro e março, provoca uma degradação progressiva de fatores essenciais como radiação solar e disponibilidade hídrica. Isso resulta em plantas menos expressivas, com menor capacidade de preencher grãos, reduzindo a produtividade.

O cenário para o agronegócio

Com as nuances da La Niña em jogo e o risco de irregularidade nas chuvas, a mensagem para o setor agropecuário é clara: é preciso uma gestão prudente. A produção de milho, fundamental para diversas cadeias produtivas, pode ser impactada severamente por essas questões climáticas. O empresariado do agronegócio deve considerar essas variáveis ao alocar recursos e decidir sobre os planos de cultivo, sempre atentos às incertezas que o clima pode trazer, já que as consequências de uma oferta comprometida reverberam por diversas áreas da economia.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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