MP analisa incidente trágico em zoológico na Paraíba

colorida de Gerson de Melo Machado, de 19 anos, conhecido como Vaqueirinho

Investigação sobre morte de jovem após invasão de recinto de leoa em João Pessoa começa pelo MPPB

MP investiga a morte de jovem que invadiu recinto de leoa em zoológico na Paraíba, levantando questões sobre segurança e saúde mental.

MPPB investiga a morte de jovem após invasão de recinto de leoa

Na tarde de 2 de dezembro de 2025, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) anunciou a abertura de um procedimento para investigar a trágica morte de Gerson de Melo Machado, de 19 anos. Gerson morreu após invadir o recinto de uma leoa no Parque da Bica, em João Pessoa. Esse incidente levanta questões severas sobre as medidas de segurança adotadas no zoológico e o manejo de animais silvestres.

Circunstâncias do incidente e o ataque da leoa

Gerson, conhecido como Vaqueirinho, tinha um histórico de transtornos mentais não tratados e, segundo informações, conseguiu ultrapassar uma parede de 6 metros e várias grades de segurança, utilizando uma árvore como suporte para acessar o recinto da leoa. No momento de sua entrada, a leoa sentiu-se ameaçada e atacou Gerson, provocando ferimentos fatais em seu pescoço. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi choque hemorrágico devido ao perfuramento de vasos cervicais.

A resposta do MPPB e a apuração das causas

Diante da gravidade do acontecimento, o MPPB decidiu investigar não apenas as circunstâncias que levaram à morte do jovem, mas também as condições do zoológico em relação à segurança e ao manejo do animal. O órgão oficiou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente para que, em até 15 dias, apresentasse as medidas que foram tomadas em resposta ao incidente, além de relatar se houve vistorias e reforço nas áreas de segurança do parque.

Impacto social e histórico de Gerson

A trajetória de Gerson de Melo Machado é marcada por problemas sociais e familiares. A conselheira tutelar Verônica Oliveira, que acompanhou Gerson durante oito anos, revelou que ele cresceu sob condições de pobreza extrema e abandono familiar. Com um histórico de 16 passagens pela polícia, Gerson frequentemente enfrentou dificuldades relacionadas a transtornos mentais e esteve sob a proteção da rede de assistência social desde os 10 anos de idade.

Propostas do MPPB para medidas futuras

O MPPB não apenas busca esclarecer os fatos referentes ao ataque, mas também pretende reforçar a atenção psicossocial às pessoas com transtornos mentais na Paraíba. A demanda por condições melhores de suporte social para indivíduos que enfrentam problemas mentais, como Gerson, é um dos focos da investigação. Além disso, o MPPB pode considerar a implementação de novas políticas públicas para garantir a segurança não apenas dos animais, mas também do público que frequenta o zoológico.

Conclusão

A morte de Gerson expõe uma realidade complexa que não se limita ao incidente em si, mas abrange questões mais amplas sobre saúde mental, segurança pública e a responsabilidade de instituições em zelar tanto pelo bem-estar da fauna quanto pela segurança da população. O desfecho desta investigação pode levar a mudanças significativas nas políticas de manejo e cuidado de animais em cativeiro na Paraíba.

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