Liberdade de jovem que matou quatro em Aracruz gera polêmica

Reprodução/Redes Sociais

Indivíduo foi solto após três anos de internação por ataque a escolas em 2022

Jovem que matou quatro em Aracruz é solto após cumprir três anos de internação.

Jovem que matou 4 em Aracruz é solto após 3 anos internado

O jovem que realizou um ataque a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, em novembro de 2022, foi solto após cumprir três anos de internação, conforme informado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). O crime, que resultou na morte de quatro pessoas e deixou 12 feridas, ocorreu no dia 25 de novembro de 2022, quando o adolescente invadiu a Escola Estadual Primo Bitti e o Centro Educacional Praia de Coqueiral.

Sentenciado em dezembro de 2022 pela Vara da Infância e Juventude, o jovem, que tinha apenas 16 anos na época do crime, cumpriu uma medida socioeducativa em regime fechado e recebeu acompanhamento psiquiátrico durante sua internação. O prazo de internação de três anos é o máximo permitido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para menores infratores.

Os disparos realizados pelo jovem resultaram na morte de três professoras e uma aluna. Ele utilizou armas registradas em nome de seu pai, que é policial militar. O jovem foi apreendido imediatamente após o crime e sentenciado em pouco tempo. Durante a investigação, ele alegou que o ataque foi motivado por bullying sofrido na escola a partir de 2019.

O MPES declarou que, ao atingir a maioridade, o jovem não poderá ser responsabilizado novamente pelos atos que cometeu quando era menor. Segundo a instituição, estender a punição violaria princípios constitucionais, como a legalidade e a irretroatividade da lei penal. Além disso, o MPES ressaltou que todas as medidas previstas em lei para responsabilização e ressocialização foram aplicadas ao caso.

Essa situação gerou um intenso debate sobre a responsabilização de menores que cometem crimes graves. O compromisso do MPES, segundo a nota divulgada, é garantir a dignidade humana e buscar medidas que previnam novas violências, respeitando o ordenamento jurídico.

O caso também levanta questões sobre a eficácia das medidas socioeducativas para jovens infratores e o impacto social de tais tragédias em comunidades escolares e familiares. A liberdade do jovem, após o cumprimento de sua pena, reabre discussões sobre segurança pública e prevenção à violência nas escolas, temas cada vez mais relevantes na sociedade brasileira atual.

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