Ex-presidente alega que clemência de Biden foi assinada por autopen, questionando legalidade
Trump declara que perdões de Biden são inválidos, alegando uso de autopen, o que gera controvérsia legal.
Trump declara que pardões de Biden são inválidos
O ex-presidente Donald Trump afirmou, em sua conta do Truth Social, que todos os pardões e comutações assinados pelo presidente Joe Biden são agora considerados “inválidos”. Esta declaração foi feita na terça-feira e gerou grandes controvérsias sobre a legalidade das ações de clemência de Biden. Trump argumenta que tais documentos não podem ser válidos, pois foram supostamente assinados usando um autopen, um dispositivo que permite a assinatura mecânica de documentos. Essa alegação levanta sérias questões sobre as implicações legais para milhares de pessoas que receberam pardões.
A alegação de Trump e suas consequências
Trump postou, “Qualquer Documento, Proclamação, Ordem Executiva, Memorando ou Contrato assinado pela ordem do agora infame e não autorizado ‘AUTOPEN’ dentro da Administração de Joseph R. Biden Jr., está aqui nulo, vago e sem efeito”. Com isso, ele sugere que todos os documentos clemenciais assinados dessa maneira não têm valor legal. Se essa afirmação fosse levada a sério, muitos beneficiários de pardões poderiam enfrentar um novo limbo legal, sem precedentes na história dos Estados Unidos.
Historicamente, nenhum presidente tentou reverter retroativamente as clemências de seu antecessor. O poder de conceder perdões é uma das poucas áreas em que a Constituição concede aos presidentes uma autoridade quase absoluta, o que torna a afirmação de Trump particularmente polêmica.
O contexto jurídico e histórico
A possibilidade de revogar um perdão depois que ele já foi concedido não é apoiada por nenhum mecanismo legal até o momento. A Constituição protege os perdões, e uma vez emitidos, eles não podem ser revogados por nenhum congresso, tribunal ou presidente subsequente. Portanto, a alegação de Trump não tem respaldo legal claro e levanta questões sobre o impacto que isso poderia ter na confiança pública nas decisões de clemência.
A hipocrisia da declaração
Curiosamente, a declaração de Trump sobre Biden ocorreu logo após ele ter utilizado processos de assinatura em massa em sua própria administração. Recentemente, ele concedeu um perdão ao bilionário de criptomoedas Changpeng Zhao, admitindo posteriormente que “não sabia quem ele era”, o que já levanta dúvidas sobre a supervisão e autorização em seu próprio escritório de clemência. Além disso, em uma ocasião anterior, sete pardões da administração Trump apareceram no site do Departamento de Justiça com assinaturas idênticas antes de serem corrigidos, um sinal claro de que também podem ter utilizado autopen ou assinaturas em lote.
A retórica de Trump e suas implicações
Trump adverte que qualquer um que contradisse sua alegação sobre Biden poderia enfrentar acusações de perjúrio, afirmando: “Estou cancelando todas as Ordens Executivas e qualquer outra coisa que não tenha sido assinada diretamente pelo Crooked Joe Biden”. Apesar de suas alegações de que 92% das assinaturas de Biden eram não autorizadas, Trump não apresentou nenhuma evidência ou justificativa legal para anular a finalização constitucional das decisões de clemência de Biden. Isso levanta questões sobre a capacidade de Trump de sustentar suas alegações e a real intenção por trás de suas declarações.
Conclusão
As declarações de Trump não apenas desafiam a estrutura legal dos pardões, mas também refletem um movimento político mais amplo que busca questionar a legitimidade das ações de Biden. Os próximos passos legais e políticos se desenvolverão conforme a administração Biden e os especialistas em direito respondem a essas alegações sem precedentes. O cenário político dos EUA continua a se desenvolver, e a narrativa das clemências pode ter impactos significativos para os envolvidos.
Fonte: www.democracydocket.com
Fonte: /Evan Vucci


