Presidente brasileiro conversa com Donald Trump sobre estratégias de desarticulação das cúpulas criminosas
Lula dialoga com Trump para reforçar cooperação no combate ao crime organizado.
Lula e Trump: Alinhamento em torno do combate ao crime organizado internacional
Na manhã de 3 de dezembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discorreu sobre a necessidade de apoio dos Estados Unidos para o combate ao crime organizado internacional. Em uma conversa de 40 minutos com o presidente Donald Trump, Lula enfatizou a urgência da cooperação bilateral para desarticular as cúpulas criminosas, uma estratégia crítica para o governo brasileiro.
A estratégia do governo brasileiro em enfrentar o crime
O governo brasileiro, liderado por Lula e seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, busca desmantelar financeiramente as organizações criminosas, focando no que eles chamam de ‘andar de cima’. O termo se refere às camadas mais altas do crime organizado, onde as operações financeiras frequentemente ocorrem. O governo federal já observou que a Receita Federal e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) são peças-chave nessa luta.
Reunião entre Lula e Trump na Malásia: resultados da conversa
A conversa entre Lula e Trump ocorreu durante uma visita à Malásia. O presidente brasileiro destacou a relevância do apoio americano na luta contra organizações que utilizam o Estado de Delaware como base para operações de lavagem de dinheiro. Segundo Haddad, as investigações revelaram que o Grupo Refit estaria envolvido em práticas de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, sendo crucial a colaboração dos EUA.
Desafios e divisões nas estratégias de combate ao crime
Enquanto a administração federal procura cooperar com os EUA, existem divisões internas em relação às abordagens de segurança pública. A maioria dos governadores de direita defende uma postura mais rígida, enfatizando ações de enfrentamento direto com o crime. Ao mesmo tempo, o governo brasileiro busca posicionar sua narrativa em um debate sobre segurança que é, na maioria das vezes, controlado pela direita.
Operações de combate ao crime e suas implicações
Recentemente, a Operação Carbono Oculto, que desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), foi classificada como uma das maiores operações já realizadas contra o crime organizado no Brasil. Essa operação ressalta a determinação do governo em atingir as finanças dos criminosos e reforçar a ideia de um esforço conjunto em nível internacional.
Reações e futuras ações contra o crime organizado
Trump, por sua vez, respondeu de forma positiva ao apelo de Lula, reiterando o compromisso dos Estados Unidos em colaborar com o Brasil. Essa proposta de cooperação tem potencial para impactar profundamente as dinâmicas do combate ao crime organizado em ambos os países. O crescente interesse da população brasileira na segurança pública torna essa discussão ainda mais pertinente, visto que pode influenciar as próximas eleições presidenciais de 2026.
O Planalto já indicou que as futuras operações e projetos de lei relacionados ao combate ao crime deverão considerar essa cooperação internacional, assim como a necessidade de um alinhamento mais robusto entre o Brasil e os Estados Unidos.
Esse contexto gera expectativas sobre como as políticas de segurança pública poderão evoluir e responder à crescente preocupação da sociedade sobre a questão do crime organizado.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Ricardo Stuckert / PR


