CFO Andrea Almeida destaca a importância da captação e as perspectivas futuras da empresa
Cemig (CMIG4) realiza captação de R$ 4 bilhões pela primeira vez, destacando novas oportunidades de investimentos.
Cemig (CMIG4) faz captação recorde de R$ 4 bilhões em debêntures
A Cemig (CMIG4) anunciou recentemente uma captação de R$ 4 bilhões, consolidando-se como a maior de sua história. Essa movimentação ocorre em um contexto onde o mercado de debêntures incentivadas se torna cada vez mais competitivo e atrativo. Andrea Almeida, CFO da empresa, ressaltou que a demanda por esses títulos financeiros tem sido elevada, especialmente devido à isenção de imposto de renda, o que favoreceu a captação de recursos em condições vantajosas.
Estratégias de investimento e reestruturação da Cemig
A executiva destacou que a estratégia de captação é parte de um plano de investimento a longo prazo. A Cemig tem um histórico de investimentos voltados para o setor regulado, o que proporciona maior estabilidade e retorno, através da Receita Anual Permitida (RAP). “Estamos com espaço para fazer investimentos corretos”, afirmou Almeida. A companhia também passou por um processo de reestruturação, vendendo ativos que não eram estratégicos, resultando em uma alavancagem financeira de 1,77x Dívida Líquida/Ebitda.
Desafios e oportunidades futuras na captação
Apesar do sucesso na captação, existem preocupações sobre a capacidade da Cemig de se manter competitiva em futuras vendas de ativos. Almeida expressou receio quanto à possibilidade de tributação das debêntures, a qual poderia impactar negativamente todo o setor de infraestrutura. A empresa também está se preparando para novos investimentos, prevendo gastos de R$ 39,2 bilhões entre 2025 e 2029, com projetos específicos em Minas Gerais, como uma subestação avaliada em R$ 3,31 bilhões.
O impacto do mercado de debêntures e o futuro da Cemig
A emissão da Cemig, que foi vendida a 55 pontos-base abaixo do CDI, exemplifica uma demanda tão alta que é considerada rara no mercado atual. Almeida frisou a importância desse momento positivo para a Cemig, que, embora esteja ciente dos desafios, continua sendo vista como um ator vital na expansão do setor de energia.
Além disso, Almeida se absteve de comentar sobre a privatização ou federalização da Cemig, deixando claro que a empresa está pronta para adquirir novos desafios. “A gente não atua diretamente com isso. É papel da Assembleia Legislativa”, concluiu.
Esse panorama evidencia a importância da Cemig no setor elétrico brasileiro e sua capacidade de adaptação em um ambiente em constante mudança. A combinação de uma gestão financeira sólida, um plano de investimento robusto e uma resposta ágil às condições do mercado mostra que a companhia está posicionada para um futuro de crescimento.
Fonte: www.moneytimes.com.br
Fonte: Andrea Marques de Almeida, Petrobras, Vale, Santander


