Queda na pobreza: mais de 8,6 milhões de brasileiros superaram a situação em 2024

IBGE revela que população em situação de pobreza alcançou o menor nível desde 2012

IBGE indica que 8,6 milhões de brasileiros deixaram a pobreza em 2024, atingindo o menor nível desde 2012.

Queda na pobreza em 2024: um marco nos indicadores sociais brasileiros

Em 2024, mais de 8,6 milhões de brasileiros deixaram a linha da pobreza, resultando em uma proporção de 23,1% da população nessa condição, segundo dados do IBGE. Esse é o menor nível de pobreza no país desde 2012, momento em que a série histórica começou a ser registrada. O estudo “Síntese de Indicadores Sociais” foi divulgado no dia 3 de outubro e revela uma recuperação significativa no cenário socioeconômico brasileiro, após os efeitos da pandemia de covid-19.

Desempenho socioeconômico em números

No ano de 2024, aproximadamente 48,9 milhões de pessoas viviam com menos de US$ 6,85 por dia, equivalente a cerca de R$ 694. Esse marco representa uma redução expressiva em comparação com 2023, quando a pobreza afetava 57,6 milhões. O IBGE destaca que essa queda representa o terceiro ano consecutivo de diminuição na pobreza, evidenciando uma tendência positiva em meio à recuperação econômica após a crise gerada pela pandemia.

Evolução da pobreza ao longo dos anos

Os dados mostram uma transformação ao longo dos anos, desde 2012, quando 68,4 milhões de brasileiros estavam abaixo da linha da pobreza. Nos anos seguintes, a situação oscilou, sendo: 67,5 milhões em 2019, 64,7 milhões em 2020, 77 milhões em 2021, 66,4 milhões em 2022 e 57,6 milhões em 2023. O resultado de 2024 reflete um esforço contínuo para combater a pobreza e melhorar as condições de vida da população.

O papel dos programas assistenciais

O pesquisador André Geraldo de Moraes Simões, do IBGE, atribui essa significativa queda à implementação de programas assistenciais, como o Auxílio Emergencial, que foram cruciais no combate à pobreza durante a pandemia. Embora esses benefícios tenham sido reduzidos em 2021, sua reintrodução, com valores mais altos a partir de 2022, juntamente com o fortalecimento do mercado de trabalho, propiciou condições favoráveis para a melhoria econômica da população.

Redução da pobreza extrema

Além da pobreza geral, os dados também revelam uma diminuição na extrema pobreza, que compreende pessoas vivendo com menos de US$ 2,15 por dia. Este número caiu de 9,3 milhões em 2023 para 7,4 milhões em 2024, reduzindo a proporção de extrema pobreza de 4,4% para 3,5%. Esse é o menor registro desde o início da série histórica.

Desigualdade regional e racial

Os números do IBGE também evidenciam disparidades regionais e raciais. Enquanto a taxa de pobreza no Brasil é de 23,1%, no Nordeste chega a 39,4%, e no Norte, 35,9%. As desigualdades raciais também são notáveis, com 15,1% da população branca em situação de pobreza em comparação a 25,8% entre os pretos e 29,8% entre os pardos. Tais dados ressaltam a necessidade de políticas públicas direcionadas e específicas para mitigar esses problemas.

Índice de Gini e desigualdade de renda

O Índice de Gini, que mede a desigualdade de renda, atingiu 0,504 em 2024, a menor marca desde 2012. Isso demonstra, segundo o IBGE, um impacto positivo dos programas sociais na redução da desigualdade econômica. Sem esses programas assistenciais, a desigualdade seria muito maior, refletindo a importância da continuidade e fortalecimento destas políticas.

Impactos futuros e conclusões

Com a continuidade das políticas públicas e o fortalecimento do mercado de trabalho, espera-se que a trajetória de redução da pobreza e da desigualdade continue nos próximos anos. O estudo revela que, embora os avanços sejam significativos, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir bem-estar para toda a população brasileira.

Fonte: jovempan.com.br

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