Governo cria plataforma para facilitar autoexclusão de apostadores
Mais de 950 mil pessoas pediram a exclusão de seus dados em plataformas de apostas.
950 mil pedidos de exclusão em casas de apostas no Brasil
O Ministério da Fazenda informou que, até o momento, cerca de 950 mil pessoas solicitaram a exclusão de seus dados pessoais em casas de apostas, conhecidas popularmente como bets. Essa ação foi anunciada nesta quarta-feira (3/12) pelo secretário de Prêmios e Apostas, Régis Dudena, durante uma cerimônia de assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre os Ministérios da Fazenda e da Saúde em Brasília.
A implementação de uma plataforma centralizada de autobloqueio é uma das principais iniciativas em andamento para facilitar o processo de autoexclusão. A possibilidade de autoexclusão já está prevista na legislação que regulamenta o funcionamento das casas de apostas no Brasil, sendo uma ferramenta crucial para que os usuários possam ter controle sobre seus impulsos para jogar.
Acordo de Cooperação Técnica
Durante a cerimônia em Brasília, foi discutido o objetivo do termo de cooperação que busca prevenir a dependência de jogos e promover ações integradas para enfrentar esse problema. Os ministros Alexandre Padilha, da Saúde, e Fernando Haddad, da Fazenda, subscreverão este documento, que faz parte das ações do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI) em Saúde Mental e Prevenção e Redução de Danos do Jogo Problemático, liderado pelo Ministério da Fazenda.
O grupo foi criado por meio da Portaria Interministerial nº 37, de 6 de dezembro de 2024, e é composto por 16 representantes, divididos paritariamente entre os ministérios envolvidos, além da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
Vício em jogos: uma preocupação crescente
A crescente demanda por exclusão de dados reflete um cenário de preocupação com o vício em jogos de azar no país. De acordo com especialistas, o controle sobre a compulsão para jogar é essencial para a saúde mental dos indivíduos afetados. Iniciativas como a criação da plataforma de autobloqueio visam oferecer aos apostadores uma ferramenta prática para evitar o envolvimento em jogos, que podem levar a conseqüências financeiras e emocionais severas.
Além disso, a cooperação entre os ministérios representa um esforço conjunto para abordar a questão do vício em jogos de forma holística, promovendo campanhas educativas e suporte psicológico para aqueles que já enfrentam problemas relacionados ao jogo.
Conclusão
Com a implementação da nova plataforma e o fortalecimento das políticas de prevenção, espera-se que mais pessoas tenham acesso a informações sobre como se autoexcluírem e buscarem ajuda. O governo continua a trabalhar na regulamentação do setor de apostas, garantindo que os direitos dos usuários sejam respeitados e que mecanismos de proteção estejam disponíveis para todos.


