Secretário do Tesouro comenta pressão de Trump para ‘Rush Hour 4’

by David Dee Delgado/Getty Images for The New York Times

Scott Bessent responde a questionamentos sobre os esforços do presidente para impulsionar a produção do filme

Scott Bessent discute a possível influência de Trump sobre a produção de 'Rush Hour 4' em entrevista.

Scott Bessent e a produção de ‘Rush Hour 4’

Na última quarta-feira, 4 de outubro, o Secretário do Tesouro, Scott Bessent, foi entrevistado por Andrew Ross Sorkin durante a cúpula Dealbook em Nova York. Um dos principais tópicos abordados foi a aparente pressão do presidente Donald Trump para que a Paramount Pictures aprovesse a produção do filme ‘Rush Hour 4’, uma continuação da famosa comédia dirigida por Brett Ratner. Segundo relatos, Trump expressou seu desejo de ver o filme realizado ao cofundador da Oracle, Larry Ellison, que também é o presidente da Paramount.

Bessent foi questionado sobre a possível influência de Trump nas decisões da Paramount, tendo em vista que a empresa é dirigida por seu filho, David Ellison. Sorkin levantou a hipótese de que essa situação poderia ser parte de uma tendência mais ampla, onde empresas com interesses em negócios com o governo tentam agradar ao presidente. “Estamos vendo um padrão de empresas fazendo concessões para acomodar os desejos do presidente”, afirmou Sorkin.

A resposta de Bessent

Em resposta, Bessent minimizou a importância de um projeto cinematográfico dessa magnitude na esfera governamental. “Acho que uma transação desse tamanho não é relevante para como o governo funciona”, explicou ele. Bessent continuou, alegando que a afirmação de Trump sobre a realização do filme não deveria ser vista como uma pressão, mas sim como uma mera sugestão. “O presidente poderia ter dito que acha que seria um ótimo filme. Eu não estava lá, então não posso confirmar isso”, completou.

Interações complexas entre política e cinema

As tensões aumentaram durante a entrevista quando Sorkin insistiu em saber se era apropriado que o presidente intercedesse em nome da indústria cinematográfica. “Você considera apropriado que o presidente peça a empresas para fazerem algo como isso? E é apropriado para uma empresa agir para agradar o presidente?”, questionou Sorkin.

Bessent, por sua vez, comparou a situação com acordos feitos por figuras públicas, como os Obamas, que firmaram um contrato com a Netflix após deixarem o cargo. “Essas questões são muito complexas. Se você quiser começar a puxar um fio, então devemos começar a investigar onde trabalham os filhos de Chuck Schumer e de outros políticos”, sugeriu ele. A declaração foi acompanhada de críticas ao New York Times, onde Bessent afirmou que a publicação não é mais o que costumava ser e que ele não a lê mais, embora ainda assista Sorkin na CNBC.

Expectativas futuras para a Paramount

David Ellison, que estava programado para ser entrevistado na cúpula, não compareceu devido a negociações em andamento com a Warner Bros. Discovery. Sorkin informou que Ellison retornará no próximo ano, possivelmente acompanhado por seu pai. A situação em torno de ‘Rush Hour 4’ e a política em Hollywood segue sendo um tema de debate, colocando em evidência a intersecção entre entretenimento e governança.

Bessent concluiu a conversa reiterando que a linha entre as decisões empresariais e políticas é frequentemente tênue, e que a repercussão de tais interações pode ter efeitos duradouros na indústria cinematográfica.

Fonte: www.hollywoodreporter.com

Fonte: by David Dee Delgado/Getty Images for The New York Times

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