Democratas divulgam fotos da mansão em busca de maior transparência sobre os abusos
Imagens inéditas da mansão de Epstein são divulgadas e revelam o local dos crimes sexuais.
Imagens da ilha de Epstein revelam detalhes dos crimes sexuais
Nesta quarta-feira (3/12), os democratas da Comissão de Supervisão da Câmara dos EUA apresentaram imagens inéditas da mansão de Jeffrey Epstein, situada na Ilha Little St. James, no Caribe. As imagens lançam nova luz sobre o local considerado o epicentro dos abusos cometidos pelo bilionário ao longo de décadas. A divulgação das fotos, segundo deputados envolvidos, tem como objetivo garantir maior transparência e ajudar a reconstruir o quadro completo dos crimes horríveis associados a Epstein.
Detalhes revelados nas imagens
As imagens capturadas mostram quartos e banheiros intactos dentro da mansão, um ambiente com uma cadeira semelhante à de dentista e até um quadro-negro que exibe palavras como “poder”, “engano”, “conspirações” e “político”. Um telefone fixo presente na mansão possui botões com nomes como “Darren”, “Rich”, “Mike”, “Patrick” e “Larry”, que levantam diversas interrogações sobre as relações do criminoso. Além disso, algumas anotações e objetos que mencionam nomes de mulheres foram censurados para proteção.
A sanção da lei e seu impacto
O comitê enfrenta grandes desafios, especialmente após a recente sanção de uma nova lei pelo ex-presidente Donald Trump, que exige que o Departamento de Justiça libere todos os documentos federais relacionados a Epstein. A medida, amplamente aprovada no Congresso, determina que o governo deve divulgar, em até 30 dias, registros bancários e materiais não classificados que foram acumulados em mais de uma década de investigações.
Entretanto, há preocupações entre os parlamentares quanto à possibilidade de que o cumprimento do prazo possa ser adiado. Uma investigação aberta pelo próprio governo Trump levantou suspeitas sobre a continuidade da apuração dos documentos, o que poderia resultar em atrasos ou justificação para a retenção de informações.
Investigações sobre as propriedades de Epstein
A Ilha Little St. James e a vizinha Great St. James sempre foram alvo de investigações por parte das autoridades, pois Epstein utilizava suas propriedades para realizar reuniões com amigos influentes e para operar sua rede de tráfico sexual longe do olhar do público. A vítima Virginia Giuffre relatou ter sido brutalmente violentada por um “líder mundial não identificado” em uma das ilhas quando tinha apenas 18 anos.
Ambas as ilhas foram vendidas em 2023 ao bilionário Stephen Deckoff, que não se pronunciou sobre o assunto. No entanto, o Comitê de Supervisão continua sua investigação sobre as transações e benefícios fiscais que Epstein obteve nas Ilhas Virgens por meio de suas relações comerciais e políticas.
Documentos e novas linhas de investigação
Recentemente, o comitê recebeu cerca de 5 mil documentos do JP Morgan e do Deutsche Bank, que abordam os registros financeiros de Epstein, e um porta-voz do painel afirmou que esse material “abrirá novas linhas de investigação”. Até agora, a Comissão já divulgou mais de 65 mil páginas relacionadas ao caso e está sob pressão para interrogar figuras centrais envolvidas, como Ghislaine Maxwell, que se declarou em silêncio, e Bill e Hillary Clinton, que foram convocados e correm o risco de desacato.
Críticas e reações políticas
Os republicanos criticaram a divulgação de apenas uma pequena amostra das fotos e acusaram os democratas de manipular informações e de selecionar apenas aquilo que apoia suas narrativas. As imagens inéditas da mansão de Epstein são um marco no desenrolar das investigações que visam expor os crimes cometidos por um dos homens mais poderosos e controversos da era moderna. O questionamento sobre a transparência em relação ao caso e o potencial de novas revelações continuam a ser um foco central das discussões políticas.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Divulgação/Partido Democrata
