Proposta de Emenda à Constituição pode alterar regras de impeachment no STF

Nikolas Ferreira apresenta PEC que enfrenta decisão de Gilmar Mendes sobre impeachment de ministros

Nikolas Ferreira apresenta PEC que altera regras de impeachment, desafiando decisões do STF.

Proposta de emenda à constituição desafia regras de impeachment do STF

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou nesta quarta-feira (3) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa reverter as medidas estabelecidas pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, que alterou significativamente as regras para a abertura de processos de impeachment. A proposta, que já gera bastante discussão no âmbito legislativo, busca restabelecer a competência do Senado na condução desses processos, ao mesmo tempo em que permite que qualquer cidadão apresente denúncias, desde que haja o apoio de pelo menos três quintos dos 81 senadores.

Mudanças nas regras de impeachment

A PEC apresentada por Nikolas tem como objetivo principal refutar a decisão liminar de Gilmar Mendes, que restringiu a prerrogativa de denúncia exclusivamente à Procuradoria-Geral da República (PGR). Essa liminar também elevou o quórum necessário para o início da tramitação no Senado e impediu que decisões judiciais sejam utilizadas como base para pedidos de impeachment. Durante a justificativa, o ministro argumentou que a inclusão de denúncias apresentadas por cidadãos poderia levar a ações motivadas por disputas políticas, comprometendo a seriedade e o rigor jurídico dos procedimentos.

#### Críticas à liminar de Gilmar Mendes
Imediatamente após a ação de Gilmar Mendes, Nikolas Ferreira se manifestou, afirmando que a liminar infringia direitos do povo e invadia a competência do Senado. Ele ressaltou que a proposta de emenda à constituição reafirma tanto o papel do Senado no processo de impeachment quanto o direito de qualquer cidadão a fazer uma denúncia. Ferreira também destacou que a exigência de apoio de três quintos dos senadores para o recebimento automático de denúncias limita o poder de veto do presidente do Senado, algo que foi criticado na gestão de Davi Alcolumbre (União Brasil), que se recusou a pautar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, mesmo após coleta de 41 assinaturas.

Opiniões divergentes no Congresso

Parlamentares de oposição à liminar de Gilmar Mendes expressaram sua insatisfação com as novas regras impostas. O deputado Giovani Cherini (PL-RS) criticou a decisão, afirmando que ela retira um direito histórico da população. Por sua vez, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) caracterizou a medida como um ataque às prerrogativas do Senado, argumentando que isso cria um desequilíbrio entre os Poderes.

Contexto e desdobramentos

Os pedidos de impeachment acumulados contra Alexandre de Moraes até julho deste ano totalizavam 29. Contudo, mesmo com a pressão popular e o apoio de um número expressivo de senadores, o então presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deixou claro que não pautaria nenhum deles. A nova proposta de Nikolas Ferreira busca instaurar obrigatoriedades que garantam que os pedidos são respeitados, evitando que um único parlamentar possa vetar a continuidade de processos tão relevantes para a democracia.

Futuro da proposta

O andamento desta PEC será observado de perto, especialmente em um contexto político tão polarizado. A expectativa é que a discussão sobre os impactos e as implicações legais da nova proposta ganhe destaque nas próximas sessões do Senado, influenciando a dinâmica entre os Poderes e o papel do Legislativo na supervisão dos integrantes do Judiciário.

Fonte: baccinoticias.com.br

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