Administração Trump revoga regras de economia de combustível estabelecidas por Biden

Mudança visa flexibilizar normas e reduzir custos, mas gera críticas de ambientalistas

A administração Trump anuncia a revogação das regras de economia de combustível estabelecidas sob Biden, gerando controvérsias.

Revogação das regras de economia de combustível sob a administração Trump

A administração Trump está avançando com um plano para revogar as regras de economia de combustível estabelecidas pelo governo Biden, alterando mais uma política esperada para fomentar o uso de veículos elétricos. O presidente Donald Trump anunciou a proposta na Casa Branca, sustentando que os padrões anteriores eram irrealistas e encareciam os custos para os consumidores.

“Eles eram horríveis em termos de custos – e, na verdade, estavam tornando os carros muito piores”, declarou Trump, ao lado de líderes da indústria automobilística, como o executivo-chefe da Ford, Jim Farley.

Críticas e reações à nova proposta

Enquanto a Ford celebrou a revogação das regras, considerando-a uma “vitória do bom senso”, grupos ambientalistas criticaram a mudança como um retrocesso para a indústria e para a saúde pública. Segundo o Departamento de Energia, o setor de transporte é responsável por mais de 28% das emissões de gases de efeito estufa nos EUA em 2022.

O regulamento anterior estabelecia que as montadoras precisariam atingir uma eficiência de aproximadamente 50 milhas por galão até o modelo de 2031, em contraste com a média atual de cerca de 27 milhas por galão. Assim, as novas propostas da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário, que visam estabelecer padrões menos rigorosos, resultariam em uma eficiência de cerca de 34,5 milhas por galão até 2031.

Mudanças significativas nas normas do setor

Outro aspecto significativo da mudança é a proposta de encerrar um programa que permitia que montadoras pagassem às concorrentes que alcançassem melhores eficiências de combustível, como a Tesla, por créditos que ajudavam a cumprir as regras. O governo argumenta que esse sistema havia “protegido artificialmente” a indústria de veículos elétricos.

Katherine Garcia, diretora do Sierra Club Clean Transportation for All, expressou sua preocupação, afirmando que essas alterações aumentarão as emissões de gases de efeito estufa e os custos de combustível para as famílias. “Esse rollback moveria a indústria automobilística para trás, mantendo carros poluentes em nossas estradas por anos a fio e ameaçando a saúde de milhões de americanos, especialmente crianças e idosos”, disse ela em um comunicado.

Impacto das novas regras sobre o setor automobilístico

Por outro lado, Farley defendeu que as novas regras estão “alinhadas com a demanda dos consumidores” e considerou a alteração como a decisão correta por várias razões. Quando foram anunciadas, as políticas do governo Biden foram promovidas como uma maneira de reduzir a dependência do petróleo estrangeiro, ajudar os proprietários de veículos a economizar nos custos de combustível e combater a poluição. As regras anteriores eram projetadas para evitar mais de 700 milhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono até 2050.

As montadoras teriam liberdade para utilizar qualquer tecnologia necessária para atender ao novo padrão, mas a expectativa era que a meta dependesse fortemente do aumento nas vendas de veículos elétricos. Isso gerou resistência de algumas montadoras, que já estavam começando a reduzir seus investimentos em veículos elétricos devido à demanda incerta.

As três grandes montadoras dos EUA – Stellantis, General Motors e Ford – que são conhecidas pelas vendas de veículos maiores como caminhões e SUVs, têm as frotas menos eficientes do setor, de acordo com a Agência de Proteção Ambiental. Caso as vendas de carros elétricos não aumentassem o suficiente, a General Motors chegou a temer a necessidade de fechar fábricas que produzem veículos menos eficientes para se adequar às normas da era Biden.

Perspectivas futuras

A proposta ainda precisa passar por um processo formal de regulação. Trump afirmou que a expectativa de sua administração é que a mudança ajude a economizar cerca de $1.000 no preço de um carro para os compradores, enquanto a administração Biden previa que suas regras economizariam aos motoristas cerca de $600 em combustível ao longo da vida útil dos veículos. Kathy Harris, diretora de veículos limpos do Natural Resources Defense Council, critica a nova proposta, afirmando que beneficiará apenas a indústria do petróleo. “Desmantelar a economia de combustível sob o pretexto de segurança e acessibilidade é uma piada cruel para os motoristas americanos”, concluiu.

Fonte: www.bbc.com

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