O que os exames laboratoriais podem revelar sobre o estresse de fim de ano

Desequilíbrios hormonais, nutricionais e inflamatórios podem explicar cansaço, irritação e queda de imunidade; exames simples ajudam a identificar as causas

Fim de ano é época de correria, compromissos acumulados e sensação de urgência em fechar pendências. Para muitas pessoas, esse período vem acompanhado de cansaço, irritação e queda de imunidade, sinais de que o corpo pode estar pedindo uma pausa. O que poucos sabem é que esses sintomas não são apenas subjetivos: eles podem ser medidos, monitorados e compreendidos por meio de exames laboratoriais capazes de identificar desequilíbrios hormonais, nutricionais e inflamatórios.

Segundo o responsável técnico e especialista em bacteriologia do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, observar as alterações que o organismo apresenta nesse momento do ano é fundamental para prevenir complicações e ajustar hábitos: “O estresse de fim de ano não é apenas emocional; ele se manifesta no corpo. Por isso, exames específicos conseguem mostrar se há sobrecarga hormonal, deficiência vitamínica ou até indícios de processos inflamatórios que explicam o mal-estar generalizado”, afirma.

Indicadores e marcadores importantes

Um dos indicadores mais importantes é o cortisol, conhecido como o “hormônio do estresse”. Ele tende a se elevar quando a rotina está intensa, o sono é prejudicado ou quando o organismo está constantemente em estado de alerta. “Níveis persistentemente altos de cortisol podem gerar fadiga crônica, alterações de humor e desequilíbrios metabólicos. Quando o ele oscila demais, percebemos o impacto direto no cansaço extremo, na dificuldade de concentração e até no ganho de peso. O exame é essencial para entender se o paciente está diante de um quadro de estresse importante”, explica o especialista.

Outro marcador que costuma se alterar nessa época é a ferritina, responsável pelas reservas de ferro no organismo. A má alimentação, comum no período de maior correria, e o cansaço contínuo podem baixar esses níveis, resultando em fraqueza, queda de cabelo e imunidade comprometida. “A ferritina baixa é reflexo de um organismo que está consumindo mais energia do que repõe. Identificar essa carência ajuda o médico a orientar ajustes nutricionais ou suplementação, quando necessário”, destaca Kozlowski.

A vitamina D, associada tradicionalmente à saúde óssea, também exerce papel relevante na regulação imunológica e no bem-estar geral. De acordo com o especialista, sua deficiência é muito comum e se agrava em períodos de alta demanda física e mental. “Baixos níveis de vitamina D podem aumentar a sensação de desânimo, piorar a resposta imune e potencializar quadros infecciosos que aparecem com mais frequência no fim do ano”.

TSH e hemograma

O TSH, exame que avalia a função da tireoide, é outro aliado no diagnóstico de sintomas como irritabilidade, alterações de humor, ganho ou perda de peso e cansaço persistente. “O estresse pode influenciar indiretamente o funcionamento tireoidiano. Às vezes, o paciente apresenta sinais semelhantes aos de estresse, mas a causa está em uma disfunção da tireoide. Por isso, o TSH é essencial para diferenciar os quadros e orientar o tratamento correto”, complementa Kozlowski.

Por fim, o hemograma completo oferece uma visão ampla da saúde, permitindo identificar inflamações, infecções, anemia e até sinais iniciais de sobrecarga no organismo. O especialista lembra que a imunidade costuma sofrer interferência direta com noites mal dormidas e excesso de compromissos. “O hemograma mostra se o sistema de defesa está respondendo bem ou se há sinais de desgaste. É uma ferramenta básica, mas extremamente poderosa”, reforça.

Para quem deseja iniciar o próximo ano com mais equilíbrio e qualidade de vida, realizar esse conjunto de exames é um passo simples que pode fazer grande diferença. “O fim do ano pode, sim, ser uma fase de autocuidado. Com resultados em mãos, é possível ajustar rotinas, alimentação, treino e até descanso de forma personalizada”, conclui Marcos Kozlowski.

Principais exames recomendados para avaliar o estresse de fim de ano

Cortisol – Hormônio diretamente ligado ao estresse. O exame avalia se o organismo está em estado de alerta contínuo, o que pode causar cansaço extremo, irritabilidade e desequilíbrios metabólicos.

Ferritina – Mede as reservas de ferro no corpo. Níveis baixos indicam possível anemia ou baixa imunidade, comuns em períodos de desgaste físico e má alimentação.

Vitamina D – Fundamental para imunidade, disposição e saúde óssea. A deficiência pode intensificar o cansaço, o desânimo e aumentar a vulnerabilidade a infecções.

TSH – Avalia o funcionamento da tireoide, glândula que regula energia, humor e metabolismo. Alterações podem gerar sintomas semelhantes aos do estresse, como fadiga e irritabilidade.

Hemograma completo – Analisa a saúde geral, incluindo defesa imunológica, presença de inflamações, infecções e anemia. Ajuda a identificar sinais de sobrecarga no organismo.

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