Comissão investiga irregularidades e convoca diversas autoridades e empresários
Nesta quinta-feira, a CPMI do INSS ouve depoimentos e avalia convocação de autoridades ligadas a irregularidades.
CPMI do INSS investiga irregularidades em aposentadorias
A CPMI do INSS iniciou sua sessão nesta quinta-feira (4/12) com o objetivo de ouvir o depoimento de Silas da Costa Vaz, secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer), e avaliar convocações de outras autoridades. O foco da investigação é a ‘farra no INSS’, onde diversos descontos indevidos a aposentados chamaram a atenção das autoridades.
Depoimentos e convocações em pauta
Além de Silas Vaz, a CPMI deliberará sobre a convocação de nomes como Jorge Messias, ministro-chefe da AGU, e Romeu Zema, governador de Minas Gerais. Messias já está sob escrutínio devido a denúncias que surgiram durante sua gestão na AGU, enquanto a convocação de Zema está relacionada a investigações sobre a Zema Financeira, que envolve sua família.
O contexto da investigação
A investigação foi impulsionada após reportagens que revelaram o aumento exorbitante das arrecadações de associações com descontos indevidos, levando a uma perda de até R$ 2 bilhões. Fundações e entidades que realizavam esses descontos foram citadas, resultando na abertura de inquéritos pela Polícia Federal e na Controladoria-Geral da União (CGU). A CPMI busca, através de sua atuação, esclarecer essas irregularidades que têm afetado os beneficiários do INSS.
Primeiros depoimentos e sua importância
O primeiro depoente da sessão, Silas da Costa Vaz, não compareceu por problemas de saúde, apresentando um atestado médico. Seu depoimento era considerado crucial, uma vez que um relatório da CGU indicou que 97,6% dos entrevistados não autorizaram os descontos em seus benefícios, e 96% afirmaram que não pertenciam às associações que cobraram mensalidades.
Convocações relevantes
A CPMI também discutirá a convocação de outros nomes de destaque, como Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e Leila Pereira, presidente do Palmeiras. Pereira é chamada para esclarecer questões relacionadas à Crefisa, que tem sido acusada de beneficiar-se de maneira irregular do crédito consignado. A CPMI deve votar 181 requerimentos, aumentando a pressão sobre figuras públicas cujos nomes foram relacionados a operações suspeitas.
Expectativas futuras
A expectativa é que os depoimentos ajudem a elucidar os fatos e que as medidas tomadas pela CPMI sejam eficazes. As convocações visam não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também assegurar que práticas irregulares sejam erradicadas e que os direitos dos aposentados sejam defendidos. Na próxima sessão, novas pautas devem ser discutidas, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre as fraudes identificadas.
