Testemunha afirma que filho de Lula teria recebido mesada de R$ 300 mil do 'Careca do INSS'
Denúncia aponta que Fábio Luís Lula da Silva recebeu mesada e quantias do Careca do INSS.
Denúncia aponta ligação entre Lulinha e Careca do INSS
Na mais recente investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, surgem indícios alarmantes sobre Fábio Luís Lula da Silva, também conhecido como Lulinha. O filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de ter recebido quantias significativas do empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, que está preso desde 12 de setembro de 2025, acusado de fraudes na Previdência.
Os depoimentos foram apresentados por Edson Claro, ex-funcionário de Antunes, que relatou que Lulinha teria recebido R$ 25 milhões, além de uma “mesada” mensal de R$ 300 mil. As informações sobre as transações financeiras, aparentemente, não têm comprovação formal até o momento, mas foram acompanhadas de sugestões de proximidade, incluindo viagens conjuntas para Portugal.
Esta situação se complica ainda mais pela pressão política que envolveu a tentativa de convocação de Claro, que foi barrada pela base governista. A investigação está sob os holofotes, especialmente considerando que Lulinha reside atualmente na Espanha.
Provas e ligações suspeitas
Os dados apresentados à CPMI não se limitam a meras acusações; incluem mensagens por WhatsApp em que Lulinha é referido como “nosso amigo”, além de registros de passagens e outros indícios que associam o filho do presidente a negócios do Careca do INSS. Um dos focos da investigação é a empresa World Cannabis, que, embora apresente uma fachada de venda de cannabis medicinal, é suspeita de ter sido utilizada para lavagem de dinheiro oriundo de recursos desviados do INSS.
O relatório de inteligência financeira do Coaf revela ainda que Ricardo Bimbo Troccolli, um nome ligado ao Partido dos Trabalhadores, recebeu R$ 11,1 milhões de associações dentro do esquema de fraudes. A situação se torna ainda mais delicada pelo fato de que vários dos envolvidos mantêm laços com a liderança política de Lula.
Pressão política e novas linhas de investigação
De acordo com a CPMI, há suspeitas de que o Planalto foi previamente informado sobre a inclusão de Lulinha nas investigações, o que poderia indicar uma tentativa de blindá-lo. Essa possibilidade, se confirmada, poderá abrir novos caminhos para investigações sobre a conduta da Polícia Federal e a possível comunicação indevida entre órgãos investigativos e o Executivo.
A relação de Lulinha com Roberta Moreira Luchsinger, com mensagens que discutem o “aquecimento” de dinheiro relacionado às fraudes, também é de grande interesse para a investigação. As viagens conjuntas entre os dois durante 2024 e 2025, incluindo locais como Lisboa, Brasília e São Luís, levantam mais questões sobre a natureza de suas interações e possíveis conluios.
A defesa e as reações das partes envolvidas
Os defensores de Roberta e de Antunes negaram qualquer envolvimento nas fraudes, descrevendo as acusações como infundadas. Entretanto, a recorrência das menções a Lulinha no contexto das investigações levanta sérias preocupações. A busca por esclarecimentos junto a outros envolvidos não teve sucesso, pois diversos deles não foram localizados para comentar as alegações.
As investigações, embora ainda em andamento, refletem um ritmo lento e dividido dentro da Polícia Federal. Enquanto uma parte defende a necessidade de um aprofundamento nas apurações, outra mostra resistência, apontando a fragilidade das provas apresentadas até o momento. A situação está longe de ser resolvida, e novas atualizações podem surgir à medida que as investigações avançam.
Fonte: www.conexaopolitica.com.br
Fonte: Reprodução/Agência Senado


