Nova tributação sobre dividendos provoca aumento nas distribuições em empresas brasileiras

BTG Pactual antecipa mais anúncios de proventos em meio à mudança na legislação

Empresas brasileiras aceleram anúncios de dividendos após nova tributação. BTG prevê mais proventos.

Nova tributação de dividendos gera corrida por proventos

A nova tributação de dividendos, que entrará em vigor em 2026, está provocando uma corrida entre as empresas brasileiras para anunciar proventos. O projeto de lei, aprovado recentemente, estabelece uma taxa de 10% sobre os dividendos que excederem R$ 50 mil por mês, encerrando a isenção total que prevaleceu desde 1996. Diversas companhias, em resposta a essa mudança, têm acelerado o anúncio de dividendos, buscando minimizar o impacto financeiro que a nova legislação poderá causar.

Empresas em destaque e projeções do BTG Pactual

O BTG Pactual, uma das principais instituições financeiras do país, analisou o cenário e mencionou várias empresas que, embora ainda não tenham divulgado dividendos extraordinários, têm grandes chances de o fazer em breve. Nomes como Direcional, Cyrela, Copel e Ambev são citados como potenciais anunciantes de distribuições. No relatório publicado em 30 de outubro, o BTG já previa que companhias com lucros robustos e baixa alavancagem começariam a gerar mais proventos antes da implementação da nova tributação.

Valores expressivos anunciados

Desde o início de novembro, as empresas listadas na bolsa brasileira já anunciaram o pagamento de cerca de R$ 68 bilhões em proventos, sendo aproximadamente R$ 35,7 bilhões referentes a dividendos extraordinários. O restante, aproximadamente R$ 33,1 bilhões, coincide com dividendos ordinários que também deverão ser antecipados, conforme aponta o BTG. As expectativas para os próximos dias são otimistas, com a instituição prevendo mais anúncios relevantes.

Mapas de lucro e dividendos do setor imobiliário

O setor imobiliário está se destacando neste movimento de antecipação de pagamentos. Seis empresas desse segmento já anunciaram dividendos extraordinários, com yields atrativos; por exemplo, Even (9,6%), Trisul (6,5%) e Eztec (5,0%). O BTG acredita que um percentual significativo dos dividendos anunciados retornará ao mercado acionário, o que pode ajudar a sustentar o valuation das ações e o bom momento da bolsa.

Flexibilidade financeira até 2028

Outro aspecto importante da nova legislação é que as empresas terão até 2028 para pagar os dividendos declarados em 2025, o que possibilita uma maior flexibilidade financeira. Isso proporcionará uma margem de manobra às companhias para administrar seus fluxos de caixa e minimizar potenciais impactos negativos no mercado. Para muitas empresas, essa tática pode suavizar o efeito da tributação.

Com o volume médio diário de negociação do Ibovespa em torno de R$ 24 bilhões, o fluxo de dividendos pode aumentar ainda mais, reforçando a liquidez e a atratividade do mercado acionário brasileiro. O BTG Pactual, assim, continua a monitorar as empresas em sua cobertura, prevendo um cenário de anúncios robustos nas próximas semanas, seguindo a onda de expectativa criada pela nova tributação.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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