Expectativa do governo é que programa de empréstimos beneficie a economia e reduza juros no Brasil
O secretário de Reformas Econômicas prevê R$ 100 bilhões em crédito consignado para trabalhadores privados até 2025.
Expectativa de R$ 100 bilhões em crédito consignado até 2025
O secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Pinto, anunciou nesta quinta-feira que o Brasil deve alcançar a marca de R$ 100 bilhões em crédito consignado destinado a trabalhadores privados até 2025. Esta medida faz parte de um esforço do governo para estimular a economia e facilitar o acesso a crédito mais barato para a população.
O crédito consignado, que se destaca por oferecer juros mais baixos comparados ao crédito tradicional, conta atualmente com uma taxa média de 3% ao mês. Em comparação, os juros do crédito sem garantia chegam a 11%, o que ressalta a importância do programa implementado pelo governo. Pinto mencionou que, embora a taxa esteja em um patamar mais acessível, a intenção é continuar aprimorando o sistema, aumentando a competição e reduzindo ainda mais os custos do crédito nos próximos anos.
Como o programa funciona
Lançado em março deste ano, o programa de crédito consignado permite que os trabalhadores acessem empréstimos com desconto diretamente na folha de pagamento. Além disso, a iniciativa inclui a possibilidade de utilizar o saldo do FGTS como garantia para os empréstimos. Este mecanismo visa proporcionar maior segurança tanto para os credores quanto para os devedores, facilitando a troca de informações através do aplicativo Carteira de Trabalho Digital.
Até o momento, o total de crédito concedido soma R$ 90 bilhões, sendo que R$ 38 bilhões correspondem a renegociações de créditos anteriores ao programa. Esta estrutura foi criada para oferecer uma solução financeira aos trabalhadores, agilizando o acesso a recursos que podem ser utilizados em diversas finalidades, como saúde e educação.
Monitoramento do impacto na economia
O programa está sendo monitorado de perto pelo Banco Central, que avalia suas implicações sobre a economia e a inflação. Apesar das expectativas de que essa modalidade de crédito poderia proporcionar um impulso maior na economia, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que os efeitos até agora têm sido inferiores ao que o mercado previa. Essa análise é crucial para ajustar as políticas públicas e garantir que os objetivos de desenvolvimento econômico sejam alcançados de forma efetiva.
Tendências nos juros e no crédito
O secretário Marcos Pinto também destacou que, embora o custo médio do crédito no Brasil tenha apresentado uma queda, ele continua elevado quando comparado a países com economias semelhantes. Essa realidade reforça a necessidade de transformações estruturais no sistema financeiro nacional para que os brasileiros possam contar com opções de crédito mais viáveis e acessíveis, fundamentais para fomentar o crescimento e a estabilidade econômica.
Conclusão
Com a previsão de R$ 100 bilhões em créditos consignados para 2025, a iniciativa do governo busca aumentar a inclusão financeira dos trabalhadores do setor privado, além de contribuir para a recuperação econômica do Brasil em um cenário desafiador. O sucesso do programa dependerá da contínua avaliação dos seus impactos e da efetividade das medidas implementadas para otimizar as taxas de juros e promover uma maior competitividade no mercado.
Fonte: www.moneytimes.com.br
