A mineradora busca simplificar suas operações e expandir a produtividade com novos projetos.
Rio Tinto planeja desinvestimentos de até US$ 10 bilhões para simplificar suas operações.
Rio Tinto busca desinvestimentos significativos
Nesta quinta-feira, 7 de outubro, o CEO da Rio Tinto, Simon Trott, revelou um ambicioso plano de desinvestimentos, estimando um potencial de até US$ 10 bilhões. A mineradora, que é a maior produtora de minério de ferro do mundo, pretende simplificar sua estrutura ao passar de quatro para três unidades principais de negócios, priorizando ativos que gerem maior lucro. Essa estratégia responde a um crescente interesse por parte dos investidores, que aguardavam mais detalhes desde agosto.
Análise de ativos e foco em eficiência
Trott, em entrevista coletiva, enfatizou a realização de uma análise detalhada dos ativos globais da Rio Tinto. A mineradora identificou diversos ativos que não são essenciais para suas operações. Entre as divisões que estão sendo consideradas para venda, encontram-se os negócios de titânio e boratos. O foco da empresa será em projetos promissores nas áreas de cobre, alumínio, lítio e minério de ferro, onde a competição por capital é mais acirrada.
Previsão de cortes de custos
A Rio Tinto delineou um plano que inclui uma previsão de corte de 4% nos custos unitários entre 2024 e 2030. Além disso, foi anunciado um ganho de produtividade de US$ 650 milhões, dos quais US$ 370 milhões já foram implementados. Embora Trott tenha confirmado que algumas reduções de pessoal ocorrerão, ele não especificou o número de empregos que serão eliminados.
Aumento na produção de cobre
A mineradora salientou que sua disciplina financeira, junto com o aumento previsto nos preços das commodities, pode elevar seus lucros em até 50% até o final da década. A Rio Tinto também aumentou sua expectativa de produção de cobre para 2025, em função da melhora nas operações do projeto Oyu Tolgoi na Mongólia. A companhia espera que a produção de cobre neste ano fique entre 860.000 e 875.000 toneladas, superando a previsão anterior de 780.000 a 850.000 toneladas.
Objetivos até 2030
Embora o minério de ferro ainda represente a maior parte dos lucros da Rio Tinto, a empresa está mudando seu foco para o cobre, com um objetivo ambicioso de produzir 1 milhão de toneladas anuais até 2030. Esse movimento é impulsionado pela crescente demanda global por soluções energéticas mais sustentáveis, que devem manter os preços do cobre em níveis elevados.
Essa reestruturação reflete não apenas uma adaptação às exigências do mercado, mas também uma busca pela otimização dos recursos da mineradora, visando um futuro mais lucrativo e sustentável.
Fonte: www.moneytimes.com.br


