Deputada questiona falta de convocação de Lulinha na CPMI do INSS

Reprodução/TV Senado

A deputada Adriana Ventura critica proteção ao filho do presidente durante a comissão

Adriana Ventura critica a não convocação de Lulinha na CPMI do INSS, chamando-o de "bandido".

Adriana Ventura critica blindagem a Lulinha durante a CPMI do INSS

Nesta quinta-feira (4/12), a deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP) expressou seu descontentamento na CPMI do INSS ao questionar a não convocação de Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante suas declarações, Ventura afirmou que “estão blindando bandido” ao não convocar Lulinha para depor na comissão. A deputada ainda afirmou que Lulinha estaria “envolvido até o pescoço” na situação, enfatizando que sua ausência é uma tentativa de esconder a responsabilidade do filho do presidente.

O assunto ganhou destaque quando Ventura mencionou que Lulinha receberia uma mesada de R$ 300 mil do Careca do INSS, reforçando suas alegações com um print de uma reportagem que citava depoimentos sobre o caso. “É uma vergonha. Lulinha está fugindo para a Espanha, é um foragido!”, disse a deputada em tom de indignação.

O contexto da CPMI do INSS

A CPMI do INSS tem sido palco de debates intensos e controvérsias envolvendo diversas figuras políticas. Recentemente, a comissão deixou de convocar Lulinha, o que gerou críticas de alguns parlamentares, incluindo a própria Ventura. O governo, em uma manobra que parece ter sido bem-sucedida, conseguiu impedir a convocação de Lulinha e outros importantes testemunhos.

Além de Lulinha, a CPMI também rejeitou a convocação de CEOs de bancos como PicPay e Santander, além de outros empresários. Na mesma sessão, foram aprovadas convocações para o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e o dono do banco Master, Daniel Vorcaro, indicando que a investigação está se expandindo para outras áreas.

A Farra do INSS e suas consequências

A chamada “Farra do INSS” veio à tona em dezembro de 2023, após reportagens que revelaram um aumento excessivo nas arrecadações de associações, relacionadas a descontos indevidos aplicados a aposentados. O montante estimado chegou a R$ 2 bilhões em um ano, levando à abertura de inquérito pela Polícia Federal e à criação de uma série de investigações pela Controladoria-Geral da União (CGU).

A Operação Sem Desconto, que foi desencadeada em abril deste ano, resultou na demissão de autoridades-chave do INSS e da Previdência. O caso continua a atrair atenção pública e política, com vários parlamentares pressupondo que as verdades ocultas ainda estão por vir à tona.

O que esperar da CPMI?

Na sessão da CPMI de hoje, os parlamentares ouvirão Américo Monte Júnior, presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, que também está sob investigação por possíveis irregularidades. Embora a comissão tenha rejeitado as convocações de figuras importantes, ainda há muitas questões a serem respondidas. A expectativa é que novas revelações possam surgir, à medida que as investigações continuam.

A pressão sobre o governo continua a aumentar, especialmente com as declarações de figuras proeminentes como Adriana Ventura, que buscam responsabilizar todos os envolvidos na crise do INSS e suas consequências para os aposentados. A CPMI parece estar longe de um desfecho, com muitas perguntas ainda sem resposta.

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