Movimento busca melhorias nas condições de trabalho e anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro
Caminhoneiros anunciaram paralisação nacional para quinta-feira em busca de melhorias e anistia.
Na última terça-feira (2), líderes da categoria de caminhoneiros anunciaram uma paralisação nacional com início programado para quinta-feira (4). O movimento, que surge como resposta às condições de trabalho consideradas insatisfatórias, visa também a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro e aos envolvidos nas manifestações de 8 de Janeiro.
O desembargador aposentado Sebastião Coelho, aliado de Bolsonaro, e Chicão Caminhoneiro, representante da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC), divulgaram o plano por meio de um vídeo nas redes sociais. Coelho afirmou que a ação se faz necessária, uma vez que outras tentativas de diálogo não resultaram em avanço nas reivindicações da classe.
Principais pontos da reivindicação
Entre as pautas apresentadas, destaca-se a busca por melhorias nas condições de trabalho, que incluem a estabilidade nos contratos, o cumprimento das normas vigentes e ajustes no Marco Regulatório do Transporte de Cargas. Além disso, os caminhoneiros pedem a criação de uma aposentadoria especial após 25 anos de atividade, uma demanda histórica da categoria.
O desembargador caracterizou a paralisação como “o caminho que restou” e afirmou que o objetivo principal do movimento é a anistia abrangente, que inclui não só Bolsonaro, mas também todos os que participaram dos eventos do dia 8 de Janeiro. A ação é direcionada ao Congresso Nacional, que, segundo ele, estaria afastado das necessidades do povo brasileiro.
Consequências da paralisação
Vale lembrar que, em 2018, uma greve de caminhoneiros resultou em uma crise de abastecimento no país, levando a longas filas em postos de gasolina e falta de produtos essenciais. As lideranças da categoria esperam que a mobilização atual atraia a atenção necessária e impulsione mudanças significativas.
A expectativa é de que a adesão à greve seja expressiva, refletindo o descontentamento da classe em relação à atual situação. Com isso, os caminhoneiros esperam iniciar um diálogo que leve a melhorias reais nas condições em que trabalham, além da liberdade para aqueles que consideram injustamente perseguidos.
Os caminhoneiros, que possuem um papel crucial na logística do país, buscam assim, através da greve, garantir que suas vozes e necessidades sejam ouvidas e respeitadas.
Fonte: jovempan.com.br


