Emagrecimento de verdade: por que a “caneta mágica” sozinha não basta (e como fazer diferente, sem riscos e para sempre)

Por Dra. Helen Brandão
Médica com atuação em longevidade e emagrecimento baseado em medicina de precisão

Quase diariamente ouvimos a mesma frase nos consultórios do país inteiro:
“Quero perder 10, 15 kg rapidinho com a tirzepatida. Depois paro e mantenho.”
A resposta honesta e científica é sempre a mesma: se fosse assim tão simples, a obesidade já teria desaparecido do mapa.

Emagrecer de forma duradoura não é apenas perder peso na balança. É perder gordura, preservar (e muitas vezes ganhar) músculo, reduzir inflamação crônica e tratar cada organismo como único.

A obesidade não é falta de força de vontade – é uma doença inflamatória crônica reconhecida pela Organização Mundial da Saúde. O tecido adiposo visceral funciona como uma fábrica permanente de substâncias inflamatórias que, ao longo dos anos, danificam vasos, pâncreas, fígado e cérebro. Por isso o conceito de “obeso metabolicamente saudável” não se sustenta quando olhamos estudos de 10, 15 ou 20 anos: mais cedo ou mais tarde surgem diabetes, hipertensão, eventos cardiovasculares e até maior risco de alguns cânceres.

O médico verdadeiramente comprometido não pode se limitar apenas nos valores de referência dos exames comuns. É preciso investigar marcadores mais sensíveis de inflamação, resistência à insulina, saúde intestinal e composição corporal. Essa é a essência da medicina de precisão aplicada ao emagrecimento – e é o que separa resultados temporários de transformações para a vida toda.

A tirzepatida (Mounjaro) é, sem dúvida, um dos maiores avanços da medicina nos últimos anos, com perda média de 15 a 22% do peso em 12 meses. No entanto, quando usada sem estratégia, até 40% dessa perda pode vir de massa muscular. Perder músculo significa reduzir o metabolismo basal, o que explica o efeito rebote na grande maioria dos casos e a famosa “montanha-russa” de peso que acomete milhões de brasileiros. A saída comprovada pela ciência é clara: combinar o medicamento (quando indicado) com treino de força e ingestão adequada de proteína, transformando a perda de peso em perda quase exclusiva de gordura.

No Brasil, a situação ganhou contornos preocupantes. Apesar de a legislação permitir manipulação magistral, muitas farmácias operam sem autorização ou em condições inadequadas. Produtos contrabandeados da Ásia, canetas falsificadas vendidas por não médicos e a incapacidade da indústria oficial de atender toda a demanda (a dose de 15 mg ainda não está disponível regularmente no país em 2025) têm levado a um aumento alarmante de internações e, infelizmente, de óbitos relacionados a versões adulteradas ou contaminadas.

Para se proteger, o paciente consciente deve:
– No caso de manipulados: exigir a Autorização de Funcionamento (AFE) da farmácia (consultável no site da Anvisa) e o laudo de esterilidade e pureza do lote.
– No caso do Mounjaro original: comprar apenas em farmácias que retenham a receita, conferir lacre e lote no site da Lilly e usar os canais oficiais de desconto.
Acima de tudo, nunca iniciar o tratamento sem avaliação e acompanhamento médico especializado.

O emagrecimento sustentável exige medicamento seguro quando necessário, treino resistido, alimentação anti-inflamatória e ajustes constantes baseados em marcadores individuais de saúde. Quando feito dessa forma, o paciente não apenas atinge o peso desejado, mas ganha contorno corporal, energia e proteção metabólica para o resto da vida.

A boa notícia é que essa abordagem já está ao alcance de quem busca orientação séria e atualizada. O corpo que você deseja – forte, saudável e em equilíbrio – não precisa ser um sonho passageiro. Pode ser a sua realidade permanente.

Dra. Helen Brandão
CRM-GO 10874
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