Ação visa desmantelar esquema de captação de recursos irregulares com promessas de alto rendimento
Operação da Polícia Federal em Curitiba desmantela banco digital clandestino que movimentou mais de R$ 1 bilhão.
Polícia Federal realiza operação contra banco digital clandestino em Curitiba
Nesta quinta-feira, 4 de dezembro, a Polícia Federal (PF) realizou uma grande operação em Curitiba com o objetivo de desmantelar um banco digital clandestino. Este esquema estava em operação, captando recursos de clientes através de promessas de rendimento fixo e retornos superiores aos oferecidos pelo mercado financeiro convencional. A investigação demonstra que a estrutura movimentou valores que ultrapassam R$ 1 bilhão, levantando sérias preocupações sobre a segurança dos pequenos investidores.
Ações da Polícia e bloqueios financeiros
Como parte da operação, a PF cumpriu 11 ordens judiciais em diferentes locais relacionados aos envolvidos. Além disso, foram realizados bloqueios que podem atingir R$ 66 milhões, além do sequestro de imóveis e veículos associados ao esquema. O Delegado Filipe Pace indicou que o núcleo investigado havia se fragmentado ao longo do tempo, resultando na formação de uma segunda empresa que continuou com práticas fraudulentas semelhantes.
Funcionamento do esquema e tecnologia utilizada
Os responsáveis por esse banco digital atuavam sem a devida autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central, usando empresas que se apresentavam como desenvolvedoras de tecnologias. Para atrair investidores, eram apresentados contratos que incluíam algoritmos e sistemas de inteligência artificial, os quais sustentavam as promessas de altos retornos financeiros. No entanto, a estrutura começou a desmoronar quando parou de realizar repasses aos contratantes, levando os operadores a ocultar bens e informações.
Principal suspeito foragido
O principal suspeito, apontado como o articulador do esquema, teve a prisão preventiva decretada, mas encontra-se foragido. Informações indicam que ele transferiu cerca de R$ 10 milhões para outras contas dias antes da operação, o que leva a crer que ele estava tentando preservar os valores obtidos através do esquema. A Justiça autorizou a inclusão de seus dados na Difusão Vermelha da Interpol, e a PF está investigando a possibilidade de que ele tenha deixado o país para escapar das autoridades.
Consequências legais para os envolvidos
Os integrantes da organização criminosa poderão responder por vários crimes, incluindo aqueles relacionados ao sistema financeiro nacional, estelionato e lavagem de dinheiro. Autoridades ouvidas pela PF relataram que operações dessa natureza têm aumentado consideravelmente desde 2022, revelando uma tendência preocupante no cenário de fraudes digitais que visam pequenos investidores por meio de plataformas que nos últimos anos se tornaram populares nas redes sociais.
A operação representa um passo significativo na luta contra as fraudes financeiras que têm proliferado com o crescimento das tecnologias digitais, sinalizando a necessidade de maior vigilância e proteção para os investidores mais vulneráveis.
Fonte: www.parana.jor.br
Fonte: Banco Digital


