Banco Central não regulamenta o Pix Parcelado e proíbe uso do nome

Luh Fiuza/Metrópoles @luhfiuzafotografia

Decisão foi anunciada durante o Fórum Pix, em Brasília, aumentando a polêmica sobre crédito no sistema

Banco Central impede uso do nome "Pix Parcelado" após deixar de regulamentar sua operação, gerando polêmica.

Banco Central desiste de regulamentar o Pix Parcelado

No dia 4 de dezembro de 2025, durante o Fórum Pix, o Banco Central (BC) anunciou que desistiu da regulamentação do “Pix Parcelado”. Esta modalidade, que funciona como uma linha de crédito com juros, já está disponível no mercado, mas o BC decidiu não impor normas que aumentariam a transparência para os usuários.

A decisão gerou polêmica, especialmente entre os especialistas que avaliam o impacto dessa mudança na saúde financeira da população. O BC, entretanto, permitiu que as instituições financeiras continuem oferecendo o serviço. No entanto, os bancos não poderão mais usar a expressão “Pix Parcelado”, sendo autorizados a adotar variações como “parcelas no Pix” ou “crédito via Pix”.

Críticas à decisão do Banco Central

O veto ao uso da marca “Pix Parcelado” foi recebido com desconfiança e descontentamento. Entre as críticas, o Idec (Instituto Nacional de Defesa do Consumidor) descreveu a decisão como “inaceitável”, ressaltando que, ao abrir mão de regulamentar o serviço, o BC cria um ambiente favorável à desordem regulatória. A entidade alertou que tal situação pode aumentar os abusos por parte das instituições financeiras, confundir os consumidores e aprofundar o superendividamento no Brasil.

“A mudança de nomenclatura não elimina o risco central: consumidores expostos a produtos de crédito sem qualquer padrão mínimo de transparência e previsibilidade sobre juros e encargos”, afirmaram especialistas em nota. A falta de um regulamento também pode dificultar a prestação de informações adequadas aos usuários, essenciais para uma decisão de consumo consciente.

Como funciona o Pix Parcelado

O modelo do “Pix Parcelado” permite ao usuário parcelar pagamentos através do sistema do Pix, enquanto o destinatário recebe o valor total de forma instantânea. Esta dinâmica gera preocupações sobre a possibilidade de criação de dívidas excessivas sem que o consumidor tenha uma compreensão clara dos custos envolvidos. A falta de regulamentação pode levar a um cenário em que cada instituição opera de maneira independente, sem a necessidade de seguir padrões que protejam os consumidores.

Consequências da falta de regulamentação

A decisão do Banco Central ocorre em um momento em que a economia brasileira busca estabilidade e confiança. O aumento da oferta de crédito sem regulamentação efetiva pode resultar em um cenário complicado, onde os cidadãos enfrentam dificuldades financeiras. O debate sobre o “Pix Parcelado” e suas implicações deve continuar, especialmente em relação ao papel do BC na proteção do consumidor e na promoção de práticas financeiras saudáveis.

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