Os dados da Secex revelam uma queda no volume de exportações enquanto a receita cambial apresenta crescimento significativo.
Exportação de café pelo Brasil em novembro caiu 25,6%, enquanto receita avançou 9,1% em comparação ao ano anterior.
Exportação de café pelo Brasil enfrenta desafios em novembro
A exportação de café pelo Brasil, incluindo tanto o café verde quanto o solúvel, caiu drasticamente em novembro, totalizando 3,54 milhões de sacas de 60 kg. Essa cifra marca uma redução de 25,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando os embarques atingiram aproximadamente 4,75 milhões de sacas. O dado, disponibilizado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), destaca uma tendência preocupante para o agronegócio brasileiro, que depende fortemente do café como uma de suas principais commodities.
Apesar da queda no volume exportado, a receita cambial apresentou um crescimento expressivo de 9,1%, passando de US$ 1,372 bilhão para US$ 1,497 bilhão. Esse aumento é uma boa notícia para os exportadores, já que indica que os preços internacionais do café estão se mantendo em níveis elevados, mesmo com a diminuição das quantidades exportadas. O crescimento foi baseado em dados que consideram 19 dias úteis do mês.
Tendências no acumulado do ano
No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as exportações brasileiras totalizaram 35,7 milhões de sacas de café, o que representa uma queda de 19,6% se comparado ao mesmo período de 2024, quando foram embarcadas 44,3 milhões de sacas. Entretanto, mesmo com a diminuição nas quantidades, a receita gerada pelas vendas externas cresceu significativamente. As exportações acumularam um total de US$ 14,353 bilhões, um aumento notável de 27,9% em relação aos US$ 11,220 bilhões registrados no mesmo intervalo do ano passado.
Essa situação pode ser atribuída a vários fatores, incluindo as flutuações nos preços internacionais do café que, apesar da baixa quantidade exportada, conseguiram proporcionar um aumento na receita. As condições climáticas e a demanda global também desempenham papéis críticos na definição das tendências atuais do mercado de café.
O impacto no mercado de trabalho e na economia
A queda nas exportações de café e a oscilação nos preços têm implicações significativas não apenas para os exportadores, mas também para toda a cadeia produtiva, incluindo os trabalhadores que dependem do cultivo e da comercialização do café. A variação nos volumes exportados pode levar a incertezas no emprego nas regiões cafeeiras, impactando negativamente as economias locais, que dependem fortemente dessa atividade.
Com o governo e outras entidades do setor analisando esses dados, é essencial que políticas de suporte e estratégias de mercado sejam implementadas para mitigar os riscos e potencializar os ganhos do setor cafeeiro. A busca por qualidade e inovação nas práticas agrícolas poderá ajudar a estabilizar o mercado.
Considerações finais
A performance da exportação de café em novembro reflete um ano desafiador para o setor, onde, apesar das adversidades em volume, a receita continua a demonstrar resiliência. A continuidade desse fenômeno nos próximos meses vai depender do desempenho econômico global, das políticas internas e das condições de cultivo. O acompanhamento das tendências de mercado será crucial para os próximos passos do Brasil no cenário global do café.
Fonte: www.moneytimes.com.br


