Alice Martins Alves, de 23 anos, foi brutalmente espancada em incidente de motivação transfóbica
Alice Martins Alves, de 23 anos, foi espancada após recusar pagar R$ 2,10 em Belo Horizonte.
A morte de Alice Martins Alves, de 23 anos, em Belo Horizonte, é uma tragédia que expõe a violência transfóbica existente na sociedade. O espancamento da jovem começou por uma motivação absurda: uma gorjeta de R$ 2,10. Segundo informações da Polícia Civil de Minas Gerais, um dos agressores, um homem de 27 anos, perseguiu Alice acreditando que não receberia o valor devido.
Detalhes do ataque brutal
O ataque ocorreu no dia 23 de outubro, na Avenida do Contorno, esquina com a Avenida Getúlio Vargas, em Savassi. Alice foi brutalmente agredida e acabou falecendo em 9 de novembro, após 17 dias internada. A delegada Iara França, que investiga o caso, revelou que o homem mais velho coordenou o ataque e utilizava o pronome masculino ao se referir à vítima, evidenciando a motivação transfóbica do crime. “A força empregada na agressão foi maior por conta de eles perceberem Alice como homem. Esse comportamento transfóbico aumentou a brutalidade do ataque”, afirmou a delegada.
Prisão dos agressores
Além do homem de 27 anos, outro suspeito, de 20 anos, também participou do ataque. Apesar de trabalharem no mesmo estabelecimento, a investigação esclareceu que o local não teve envolvimento na cobrança da gorjeta ou na violência. Após o ataque, os agressores deixaram o local calmamente, tentando evitar a identificação por parte de testemunhas.
A Polícia Civil já indiciou os dois homens e o inquérito foi enviado ao Ministério Público, onde as medidas legais adequadas serão tomadas em resposta a esse crime brutal.
Repercussão do caso
A morte de Alice Martins Alves gerou comoção e protestos nas redes sociais, com pedidos de justiça e maior proteção para a comunidade trans. Este caso é um lembrete alarmante da necessidade de refletir sobre a violência e a discriminação enfrentadas por pessoas LGBTQIA+ em nossa sociedade, destacando a urgência de ações efetivas para prevenir tais ocorrências no futuro.
O caso de Alice é mais uma das tantas histórias que evidenciam a intolerância e a impunidade que cercam a comunidade trans. Espera-se que a justiça seja feita e que ações concretas sejam levantadas para proteger vidas como a de Alice, que mereciam ser respeitadas e valorizadas em um mundo mais justo e igualitário.
Fonte: baccinoticias.com.br
Fonte: Agência


