Dados do PCE indicam pressão inflacionária acima da meta do Federal Reserve
O índice de preços nos EUA subiu 0,3% em setembro, registrando um acumulado de 2,8% em 12 meses.
O índice de preços ao consumidor, conhecido como PCE, dos Estados Unidos, subiu 0,3% em setembro, conforme divulgado pelo Bureau of Economic Analysis (BEA) nesta sexta-feira (5). Essa alta foi divulgada com atraso devido ao shutdown de 43 dias do governo norte-americano, que impactou a coleta e análise de dados.
Com essa variação, o PCE acumulou um aumento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, distanciando-se da meta de 2% estipulada pelo Federal Reserve (Fed). O núcleo da inflação, que exclui os componentes mais voláteis de alimentos e energia, avançou 0,2% no mês e apresentou um acumulado de 2,8% em 12 meses.
O resultado do PCE para setembro ficou acima da expectativa do mercado, que previa um aumento de 0,2% no mês. Na comparação anual, o dado foi em linha com as projeções do FactSet. O PCE de setembro mantém a continuidade da alta de 0,3% observada em agosto, enquanto o núcleo também apresentou aumentos de 0,2% e 2,9% em agosto.
Esse relatório pode ter um papel crucial na definição das futuras políticas monetárias do Federal Reserve, que se reunirá na próxima quarta-feira (10) para discutir a taxa de juros. As projeções atuais indicam uma probabilidade de 87,2% de um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica, de acordo com a ferramenta CME FedWatch. Essa expectativa se baseia em uma análise cuidadosa do comportamento da inflação e dos dados de emprego que ainda estão disponíveis no mercado.
Além disso, outras informações recentes sobre o mercado de trabalho também influenciam as projeções dos analistas. Ontem (4), o relatório da Challenger revelou que as empresas nos EUA cortaram 71 mil vagas em novembro, o maior número para este período desde 2022. Ao mesmo tempo, os pedidos semanais de seguro-desemprego caíram ao menor nível desde setembro de 2022, indicando uma diminuição gradual nas condições de trabalho, ao invés de uma desaceleração abrupta.
Os dados apresentados refletem um cenário inflacionário que ainda pressiona as decisões do Fed, levando os investidores a monitorarem atentamente as próximas reuniões do banco central e as repercussões possíveis nas políticas monetárias que influenciam o crescimento econômico e a estabilidade financeira nos Estados Unidos. Com o mercado em constante evolução, a atenção se volta para como as autoridades monetárias reagirão a essas pressões inflacionárias e a dinâmica do mercado de trabalho em um contexto desafiador.
Fonte: www.moneytimes.com.br
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