Entenda os principais pontos da disputa entre a fintech e a federação dos bancos tradicionais
A disputa entre Nubank e Febraban está marcada por acusações sobre taxas de juros e impostos.
Conflito entre Nubank e Febraban se intensifica
A briga entre Nubank e Febraban ganhou novos contornos nesta sexta-feira, quando a federação, que representa os principais bancos do Brasil, incluindo Itaú e Bradesco, fez uma contundente publicação no LinkedIn. A Febraban rebateu declarações do CEO do Nubank, David Vélez, alertando sobre a saúde financeira da fintech, que, segundo a federação, apresenta números preocupantes em relação a taxas de juros, inadimplência e impacto no endividamento dos clientes.
Questões levantadas pela Febraban
A Febraban usou sua plataforma para destacar que o Nubank cobra juros anuais que chegam a 110,9%, um valor muito superior ao oferecido pelos quatro maiores bancos tradicionais, que praticam taxas em média de 50,5%. A federação ainda condenou o modelo de negócios do Nubank, que, segundo suas afirmações, prioriza a lucratividade sobre o bem-estar financeiro dos consumidores. “O Nubank opera com taxas de juros elevadas e tolera níveis altos de inadimplência”, declarou a entidade em sua postagem.
Resposta do Nubank
Em resposta aos ataques, o Nubank se defendeu, afirmando que já apresentou dados que comprovam sua trajetória de sucesso, ressaltando a satisfação de mais de 110 milhões de clientes. O banco digital enfatizou que não pretende se distrair com as acusações e quer focar na oferta de produtos e serviços financeiros de alta qualidade. “Não vamos ficar respondendo aos ataques. Queremos agora focar nossa energia no que mais gostamos: continuar oferecendo os melhores produtos e serviços financeiros no mercado”, disse um porta-voz da fintech.
Implicações da discussão sobre impostos
Outro ponto crítico surgido na troca de acusações foi a questão dos impostos. A Febraban contestou a afirmação de Vélez de que o Nubank é o maior pagador de impostos entre as instituições financeiras, argumentando que, na verdade, a fintech paga menos impostos do que os grandes bancos. A federação citou dados auditados para sustentar essa posição, ressaltando que a proporção entre impostos devidos e lucros do Nubank é a menor em comparação com os principais bancos do varejo.
Declarações de autoridades
O clima tenso na discussão foi acirrado ainda mais pela manifestação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele questionou como um banco do porte do Nubank pode pagar menos impostos do que instituições de tamanho semelhante, como o Bradesco. A declaração do ministro trouxe mais atenção à controvérsia, ao destacar que ambos competem no mesmo setor e-se dirigem ao mesmo público.
Conclusão
A troca de farpas entre Nubank e Febraban ilustra as tensões crescentes no setor financeiro, especialmente em um momento em que as fintechs estão desafiando os modelos tradicionais de negócios bancários. A disputa não só afeta a imagem de ambas as partes, como também a percepção dos consumidores sobre as práticas financeiras no Brasil. À medida que essa polêmica avança, o foco em questões como taxas de juros, inadimplência e tributação deverá continuar a ser um tema quente entre as partes envolvidas e os consumidores. A briga evidencia a fragilidade das relações entre as fintechs e os bancos tradicionais, sugerindo que mais confrontos podem ocorrer no futuro.
Fonte: www.moneytimes.com.br


