Fracasso da greve dos caminhoneiros é admitido por líder do movimento

Comando Nacional do Transporte/Fotos Públicas

Chicão Caminhoneiro afirma que a manifestação foi sabotada e não teve adesão

Líder caminhoneiro admite que greve fracassou e foi sabotada, sem adesão significativa.

Fracasso da greve dos caminhoneiros: chicão reconhece sabotagem

No dia 5 de dezembro de 2025, o caminhoneiro Francisco Burgardt, mais conhecido como Chicão Caminhoneiro, admitiu que a esperada greve dos caminhoneiros, que deveria ter iniciado na quinta-feira (4/12), fracassou. Em uma declaração contundente, Chicão alegou que o movimento foi sabotado e, por isso, não obteve a adesão esperada entre os caminhoneiros de todo o Brasil.

Burgardt, acompanhado do desembargador aposentado e influencer de direita, Sebastião Coelho, havia gravado um vídeo no qual comunicava sobre a greve enquanto protocolava um documento no Palácio do Planalto. A divulgação do vídeo nas redes sociais gerou reações diversas, mas a expectativa de um movimento forte não se concretizou. “Sem adesão, fomos sabotados”, declarou Chicão, evidenciando seu desapontamento com a situação.

Desde o anúncio da greve, surgiram divisões significativas dentro da categoria dos caminhoneiros. Rodovias em todo o Brasil se mantiveram desbloqueadas, e os caminhoneiros continuaram seu trabalho normalmente sem interrupções. Em contato com o Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam), a reportagem foi informada que, caso os caminhoneiros optassem pela greve, teriam apoio, mas o movimento não encontrou respaldo entre a maioria.

Diversas organizações, como a Cooperativa dos Caminhoneiros Autônomos do Porto de Santos (CCAPS) e a Associação Catarinense dos Transportadores Rodoviários de Cargas (ACTRC), também se manifestaram sobre a questão, expressando posicionamentos tanto a favor como contra a paralisação.

Entre os pleitos apresentados pela categoria, destacavam-se a estabilidade contratual dos caminhoneiros e a reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas. Além disso, a categoria pedia a garantia de aposentadoria especial após 25 anos de atividade, o que é considerado uma reivindicação antiga e relevante.

Outro fator que contribuiu para a falta de adesão foi a ausência de apoio político significativo. O deputado federal Zé Trovão (PL-SC), um dos principais representantes dos caminhoneiros, se manifestou contrariamente ao movimento. Segundo ele, a pauta apresentada pelos organizadores do movimento não abordava as reais necessidades da categoria. “Vocês não estão querendo defender quem está preso, vocês estão querendo defender interesses próprios”, afirmou Zé Trovão, desestimulando a participação na greve.

O cenário atual evidencia a complexidade das relações dentro do setor de transporte e a dificuldade em organizar um movimento que una a categoria. O fracasso da greve representa um reflexo das divisões existentes e da necessidade de uma liderança mais coesa e unificada para enfrentar os desafios do setor.

A esperança de Chicão Caminhoneiro e outros líderes da categoria era que a greve fosse um instrumento de pressão para conseguir avanços nas reivindicações. No entanto, a falta de adesão e o cenário de sabotagem relatado pelo líder do movimento colocam em xeque a capacidade da categoria de mobilizar ações significativas no futuro.

Diante dessa situação, é crucial que os caminhoneiros e seus representantes dialoguem e busquem formas de se unificar, a fim de fortalecer a luta por melhores condições de trabalho e reconhecimento por suas demandas, essenciais ao funcionamento do transporte no Brasil.

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